
Confesso minha decepção ao me sentir entediada com esse episódio. Não é que não há alguma coisa boa acontecendo, mas a repetição inútil faz com que o que é bom de verdade tenha pouco tempo para ser apresentado. Em plena última temporada, acho que três episódios já bastavam para explicações e ladainhas sobre a psicopatia perfeita de Dexter, sobre as questões psíquicas de Deb, sobre Dra. Vogel e seus motivos escusos de apoiar e manipular Dexter… blá blá bla… A diferença é que agora vemos tudo sendo repetido para Debra pela Dra. Vogel, tudo mesmo, inclusive os vídeos gravados com depoimentos de Harry, em uma tentativa de mostra-la que ela sempre escolheria Dexter, como seu pai fez em qualquer situação aparente.
Nem o novo suspeito AJ Yates (Aaron McCusker) e sua cicatriz reveladora levantou a moral do episódio. Falando em Yates, o cara se mostra um doido varrido, recalcado, colecionador de sapatos femininos pertencentes as suas vítimas. Não empolgou saber que ele é o tal neurocirurgião, achei trágico depois de tanto suspense. Frustrante na realidade.
O episódio marca a participação especial da famosa quem? Aquela lá, uma tal de Bethany Joy Lens, a vizinha do 4-B, Cassie sem sabão líquido. Pode me sacrificar quem quiser, eu realmente não sei quem ela é.
Quinn ainda se metendo em confusão por causa de Deb, também já não vimos isso antes? Eu sempre suspeitei, mas agora tenho certeza que os escritores fizeram um trabalho terrível na construção deste personagem, coitado. Cada temporada que passa o cara se perde mais ainda e agora, o elenco de apoio não tem mais vez de jeito nenhum a não ser para preencher vazios e protagonizar cenas de novela mexicana. Digo isso porque o Vinci foi incluído neste universo paralelo confuso com a descoberta de uma filha. Hãn? Pois é! Isso é lamentável, porque não é culpa dos atores.
Mas, enfim, é neste episódio que Dexter, ao revirar o computador do neurocirurgião, encontra arquivos hackeados, roubados da Dra. Vogel. Assim ele descobre ser o objeto de estudo dela. Alguém aí surpreso? Acho que não. Ela mantem arquivado em seu sistema, um tipo de diário, onde expõe todas as conversas que tiveram como também observações a cerca de específicas reações de Dexter. Em uma melhor colocação, todos os atos e questionamentos impostos a Dexter teriam objetivo predeterminado para colher informações. Estou começando a perder a curiosidade de ver onde tudo isso leva. Tudo o que sei é que é melhor que seja muito nefasto ou vai ser muito, muito decepcionante.
Dexter consegue encurralar o maníaco dos cérebros. Ele sabe que o pai de Yates está mal, internado numa clínica então acaba ligando pra Yates e dizendo que seu pai está tendo uma parada cardíaca. O mais interessante desta cena é ver o cara colocar a vida do próprio pai em risco para poder escapar. Yates não pensa duas vezes e tira o respirador do pai. Dexter fica meio que chocado com isso e percebe, então, que não é igual aos psicopatas convencionais que não conseguem criar laços reais com pessoas próximas, ele jamais faria mal a Deb. Será?
Por fim temos o momento mais cute do episódio. Aparentemente Deb está conseguindo administrar seus sentimentos, ela está serena, tranquila e sóbria, reencontra seu irmão e precisa conversar com ele a sós. Mas antes disso acompanhamos Debra numa caçada pelos arquivos da Dra. Vogel em busca do último DVD gravado com um depoimento de seu pai Harry onde expõe sua guerra psicológica e a repulsa pelos atos de Dexter, revelando que não consegue viver com isso. Se ele não conseguiu, por que diabos ela conseguiria? Em uma cena cheia de drama e alguns furinhos de roteiro, vemos uma tentativa de homicídio-suicídio. Ela quer por fim nisso tudo. Tá bom, em pleno quarto episódio? Pois é, Debra tenta um teste final mas acaba falhando e salvando seu irmão do carro naufragado. Dra. Vogel, no fim das contas, sabe sim o que está falando, Debra sempre vai escolher o Dexter.
Agora chega de questionamentos e explicações não é? Estou esperando ansiosa por mais Dexter, aquela série viciante. E você?
24 de julho de 2013 em Manicômio Séries
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