quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Person Of Interest | Review – 3×15: Last Call

Que coisa mais gostosa é assistir, depois de três semanas,  a abertura de Person Of Interest com a voz do grande Emerson narrando aquilo que a gente sabe a 3 anos e ver o Harold atendendo telefonemas de emergência 911, recriando seu cotidiano, foi melhor ainda. Na verdade é mais um disfarce do nosso gênio bilionário a fim de investigar o último CPF expelido pela Machine. Ele pertence a Sandra Nicholson, operadora do 911 e supervisora de treinamento, funcionária elogiada e ágil em seus aconselhamentos de resgate. Seu único problema parece ter sido a muitos anos atrás quando foi parar num reformatório.
O caráter procedural da série apresentou um caso bem construído onde a Sandra é o alvo que, numa jogada bem elaborada, é coagida a atender pedidos de alguém ao celular através do sequestro de um garoto. Ele rackeou o sistema do 911 para que a ligação do garoto caísse na mesa dela e que, dessa forma ele pudesse manipulá-la. Pelo celular ela recebe instruções de como proceder para que o garoto não sofresse nenhuma consequência. Ela teria que desligar o gerador de energia do prédio e apagar registros e ligações feitas a dois dias atrás. Finch encaminha Reese à casa do garoto que, vendo o vídeo feito pela câmera do notebook da sala, reconheceu o anel de um dos sequestradores, um anel templário indicativo de um cartel mexicano.
Enquanto isso, no distrito policial, o Fusco goza de sua fama por ter prendido o Simmons. Todo mundo agora quer sua opinião e supervisão em seus casos e ele parece não gostar muito desta situação até se deparar com um novato que traz um caso de assassinato com provável transporte e desova de cadáver. Como sempre, acompanhando melhor as investigações do Fusco já dá pra desconfiar que o roteiro encaminha os casos para um encontro em algum momento do episódio. Nas inúmeras ligações observadas por Fusco em ajuda ao Harold. ele se depara com uma ligação de sua vítima Tara pedindo ajuda e assim eles descobrem que o assassino procurado por Fusco é o contratante do sequestrador e terrorista do cartel.
Harold também descobre que Sandra tem uma microcâmera em seu headfone, por onde o sequestrador monitora todos os seus movimentos. Ele se revela tentando ajudar mas, em dado momento, quando tudo está se encaminhando bem, ela esquece e acaba mostrando-o através da câmera, esse descuido ocasiona numa explosão no centro da cidade às vistas da central de atendimento 911. Pela janela, Sandra observa atônita o desastre que foi lhe imputado por culpa. A bomba do estacionamento é apenas um aviso de que ela tem 15 minutos para apagar os registros e chamadas.
Person-of-Interest-S03E15-III
Em busca do membro do cartel, Shaw e Reese constroem seu plot com desenvolvimento um tanto lento compensado pela rapidez e eficiência do Fusco em suas investigações, assim, Reese vai em busca do contratado e Fusco do contratante. Como foi gratificante ver o Fusco abordar o casal Kincaid sobre a Tara com aquele ar de cinismo superior digno de um detetive inteligente e seguro de si. Melhor ainda foi ver o novato pegando carona e atuando na mesma moeda. Desta forma eles descobrem que a mandante do sumiço dos registros e ligações era a mulher, a traída mas fiel, que faz de tudo para livrar a cara do marido safado. Mas ela contratou sem fazer perguntas por isso não sabia de nada. Vacilona.
O tal templário é encontrado pela dupla BatReese e RobinShaw e este dá a localização do sequestrador e o mesmo, no momento em que Sandra vai deletar os registros, é informado que seus serviços não são mais necessários por causa da confissão dos contratantes para a polícia. Os registros não precisam ser apagados mas o garoto sequestrado ainda é um problema. Todo o esquema garantia o serviço feito e a eliminação de vestígios então o menino e a Sandra seriam eliminados no fim do esquema. A morte do menino pela explosão da bomba foi evitada por Reese e Shaw enquanto o salvamento de Sandra ficou por conta do Harold. Tudo redondinho certo? Errado. O cara é um gênio, apenas. Com sua técnica de retransmissão de voz ele se safa e ainda faz uma pequena ameaça ao Finch. Tenho a impressão que ele vai aparecer novamente algum dia.
Vou ser sincera, apesar da maestria do uso de clichês como a babá e a criança na banheira, a amante morta, a mulher traída e outros tantos que houve neste episódio, não deixam de ser clichês. Achei o episódio bem previsível e, posso dizer, morno para quem é acostumado com o alto nível da série e sente saudades da Root e principalmente do Elijah. Espero eu que eles apareçam o mais rápido possível, necessito da insanidade da Root e da sabedoria maléfica do Elijah, personagens tão subutilizados na série.
Espero ver uma coisa mais instigante semana que vem. E você, o que achou?
28 de fevereiro de 2014 em Manicômio Séries


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