- Como você lida com o stress? – De vez em quando, eu atiro em alguém (Shaw)
Não tem como negar que ver Person Of Interest é um exercício de paciência. Calma pessoal, não estou dizendo isso de forma negativa, é claro. Quem acompanha minhas reviews sabe que sou fã incondicional da série e acredito no potencial crescente do roteiro. Então permitam me explicar. As informações são sempre entregues em colheres de chá para o telespectador que vai juntando tudo no decorrer do episódio, essa é uma característica comum em séries procedurais. O bônus de POI vem em trazer uma trama linda de se ver, com riqueza de detalhes, diálogos inteligentes e situações surpreendentes que só fazem sentindo quando o link é dado. A paciência, neste caso é o que faz com que nós, os fãs, apreciemos todo o jogo elaborado para nosso entretenimento.
Como já falei, o caráter procedural nos entregou essa semana um CPF perdido pelo Team Machine. Depois de quase 3 anos completos assistindo eles chutarem os traseiros dos inimigos e conseguirem salvar ou ‘condenar’ os donos dos números expelidos pelaMachine, o episódio dessa terça já começa com uma perda dramática, uma explosão teatral para chamar mesmo a atenção. Coisas da Vigilância que não é dada a discrição.
Depois da aparição de mais um CPF, aparentemente não tendo nenhuma ligação com o primeiro, o Team se separa em duplas nada convencionais. A Shaw e o Reese vão disfarçados a um encontro de colégio enquanto Finch e Fusco vão até Washington tentar investigar o escritório da senhora que foi vítima do atentato terrorista da Vigilância. Cada dupla com sua missão e já percebemos que a trama foi escrita com 2 propósito distintos: acrescentar dados à mitologia principal e trazer o alívio cômico que a temporada não tinha apresentado ainda.
Posso dizer que foi o episódio mais leve, engraçado e despojado de POI que já assisti. Enquanto Finch encara Fusco e suas particularidades, Reese e Shaw dão um show de química ao se infiltrarem no encontro escolar. Uma mistura na medida certa de cinismo, surpresas, diálogos hilários e muitos tiros me fizeram passar 40 minutos com um sorriso bobo no rosto, sem contar as gargalhadas. Até a Shaw pareceu se divertir rs. A missão era vigiar Mathew Reed, promotor criminal que foi acusado de matar a namorada com uma overdose. O cara era inocente mas bem maldozinho a ponto de aterrorizar um dos antigos colegas que tinha alguma culpa na morte da garota, apesar de não ter tido a intenção, mas negou até se ver sem saída. Nesse ínterim eles descobrem que estão sendo seguidos por terroristas domésticos (assim intitulados) da Vigilância, cujo objetivo é dar fim aos membros do Team Machine para expor os segredos guardados a sete chaves pelo Departamento de Defesa do país.
O Harold e o Fusco vão em busca dos documentos do cofre em Washington mas são interceptados por Collier e aí a coisa fica séria. Depois de conseguir fugir com os tais documentos a Vigilância conseguiu o que queria. Passou um tempo adormecida mas quando voltou a ativa conseguiu mostrar aos americanos que eles estão sendo vigiados, forçando o desligamento da Machine pelo departamento de Defesa. Tenso. E agora? Agora é hora de ter medo porque a Machine tem seu sistema próprio de defesa e redirecionamento. A Sr. Groves é o plano de escape e, pelo grau de loucura da nossa querida Superusuária, isso não vai acabar muito bem.
Apesar do desenvolvimento cômico o episódio terminou com uma informação explosiva e uma grande incógnita. Mais uma vez vou me repetir ao dizer que esse fim de temporada vai ser uma loucura, é só ter paciência para esperar mais 3 episódios e apreciar o que vem por aí com muita calma para digerir tudinho com muita satisfação.
Obs:
* Reese e Shaw desfazendo as malas foi a melhor cena do episódio!
*Os 3 tapas no Reese foram épicos.
* Não poderia deixar passar algumas das citações cômicas não é?
- De quem é a vez de salvar este?
- Já guardei a bagagem no carro. AC/DC ou Dixie Chicks?
- Caras, vocês são como ninjas assustadores!
3 de abril de 2014 em Manicômio Séries
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