sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Supernatural | Review -10×02: Reichenbach


“É só um carro, Sam” – WINCHESTER, Dean
Estou em estado de choque ainda com a frase a cima. Realmente Dean foi pro lado negro da força. Só estando demônio, bem demônio para distratar dessa forma o sagrado Impala negro, sonho de consumo de 100% dos fãs de Supernatural. Isso foi uma blasfêmia! Em apenas dois episódios SN já nos mostrou que a trama planejada e escrita pelos roteiristas é muito maior do que pensamos (assim espero), por isso nos entregou o imprevisível do previsível.
Reichenbach foi um episódio tão corrido que não deu tempo de pensar direito na previsibilidade dos fatos como por exemplo, entre outras coisas, o Cole sendo uma testemunha de alguma caçada do Dean. A periculosidade do rapaz foi tão evidenciada pelo clima de suspense que jamais passou por minha cabeça que ele fosse uma pessoa comum em busca de vingança. Lembrando que ele se chamou de monstro e que o Dean era a caça, eu só pude sentir dózinha da inocência do pobre rapaz que não fazia ideia do mundo sobrenatural ao seu redor. Nem acreditei quando percebi a tamanha estupidez de Cole com toda aquela prepotência equivocada, achando que realmente ia vingar a morte do pai no mano a mano contra o Dean empunhando uma faquinha. Levou uma bela de uma surra e saiu com o rabo entre as pernas direto pra biblioteca dar aquela pesquisadinha básica. Com certeza o veremos de novo mas da próxima vez ele já vai estar por dentro das mazelas do mundo SN.
O bromance entre Crowley e Dean também foi outro lance relâmpago. Que esse caso de amor não daria certo todos nós sabíamos, o que não esperávamos era que acabasse tão rápido. O novo Dean é tão impulsivo quanto o velho, com a diferença de que agora ele está se lixando pros humanos. O trato feito com o Crowley para saciar sua sede de mortes veio com algumas regrinhas básicas o que, claramente, não daria muito certo. Para desgosto do Rei do Inferno, Dean perdeu a paciência logo com o primeiro cliente-corno, o Lester, e enfiou-lhe a faca. Sem serviço feito, sem alma para Crowley que chegou a conclusão que esse demônio rebelde não teria serventia. Triste e abatido ele negociou com Sam e pôs um fim definitivo a esse relacionamento conturbado. Tadinho do Crowley, está curtindo a fossa até agora.
Antes de falarmos do encontro dos irmãos preciso dizer que achei a escolha do nome do episódio no mínimo, curiosa. Reichenbach, além de ter sido um filósofo da ciência alemão, é um lugar famoso nas obras de Sir Arthur Conan Doyle, o gênio criador de Sherlock Holmes. É nessa queda d’água onde Sherlock supostamente morre lutando contra seu arqui-inimigo Moriarty. Sherlock e Moriarty são dois personagens que se completam, são praticamente idênticos e lutam em lados opostos. Posso estar errada mas entendi como uma insinuação de que Dean supostamente morreu lutando contra seu próprio demônio. Mesmo com as ações suspeitas de que ainda tem um restinho de humanidade lá no fundo, o Deanmon está disposto a enterrar o velho Dean e curtir sua nova condição sem dar a menor ousadia a questão hierárquica.
Supernatural.S10E02 III
Contrariando minhas expectativas o encontro dos Winchesters aconteceu rapidinho também. Crowley deu aquela mãozinha e o Sam foi ‘pegar’ o irmão despejando a pérola: -”… você é meu irmão e estou aqui para te levar pra casa”. Imagine que a cabeça do moose deve estar uma bagunça. Seu irmão é um demônio mas ele ainda tinha aquela esperança de que Dean quisesse a cura. Ele não consegue esconder a decepção ao perceber que o irmão não quer cura nenhuma e que sua condição e atitude não tem nada a ver com Crowley. Foi tudo tão rápido que em questão de poucos minutos Dean leva água benta na cara e já está algemado dentro do Impala prometendo tormenta e sofrimento ao irmão. Esse cativeiro vai render e é empolgante pensar numa possível tentativa de cura nos próximos episódios.
O mesmo não posso dizer do plot celestial que continua bem chato. Adoro o Cass mas a dupla Cass e Hannah é um pé no saco. E a insinuação, mesmo que levíssima, de um possível shipp, elevou a potência da chatice ao cubo! Supernatural pode até ter um draminha mas romance não, por favor. O melhor parte desse plot foi rever o insuportável Metatron. A criatura mais desagradável da série deixou aquela pontinha de esperança de que a graça de Cass ainda está por aí. Juntando tudo num pacote só, foram minutos de mais embromação para um arco que, por enquanto, está super desinteressante.
Enfim, com esse episódio acelerado SN nos impulsiona a ter outra visão do roteiro, trazendo expectativas ainda mais altas com muitas possibilidades legais. Dando minha opinião, eu não veria problema em deixar os irmãos separados por mais tempo, até porque não deu pra sentir dó do Sam, não ainda. Acho que se nós víssemos mais da procura dele pelo irmão, ficaríamos mais envolvidos com sua dor e determinação em salvar o Dean. Mas os roteiristas resolveram juntá-los logo (devem ter uma boa razão pra isso) então, vamos esperar o que vem por aí.
Sua vez de deixar sua opinião, comente e vamos conversar sobre essa paixão internacional que é Supernatural.
Obs – Eu não poderia terminar a review sem falar da melhor cena do episódio que foi o Crowley olhando aquela foto no celular. A pieguice deu o toque de humor impagável ao sofrimento do Rei. Sheppard é – O CARA, eu ri demais.
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