quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Person Of Interest | Review – 3×23: Deus Ex Machina (Season Finale)

O que dizer depois de uma Season Finale como essa? Estou quase sem palavras. Eu disse quase! Person Of Interest que mantinha um caráter procedural em seus episódios mudou completamente o rumo de sua mitologia e construiu uma trama extraordinária ao longo desta terceira temporada. No início deste terceiro ano acompanhamos o team machine protegendo inocentes e trabalhando para a destruição de uma organização corrupta dentro da polícia de Nova Yorque. Com a passar do tempo, das resoluções e do desenvolvimento maior da trama, chegamos na reta final onde a maior necessidade é de sobrevivência. Esse tipo de mudança, muitas vezes, pode não ser vista com bons olhos em muitas séries mas não é o caso de Person Of Interest. A série trouxe a perfeição da genialidade no roteiro a ponto de se transformar num thriller de conspiração capaz de impedir a pessoa de piscar para não perder um milésimo de segundo sequer de pura tensão.
Em “Deus Ex Machina” vimos o tal julgamento encenado que nos deixou na expectativa no fim do episódio passado. A insanidade de Collier e seus coligados chegou ao ponto de sequestrar civis comuns para serem jurados como também profissionais da imprensa para registrarem o tal fato. Da execução do conselheiro sênior do Presidente até a confissão de Harold tivemos a oportunidade de avaliar psicologicamente os que sentaram no banco dos réus. O senador que não falou muito mas entregou a Controle com seu olhar covarde; O patriotismo doentio da própria Controle que salvou o Harold e foi até a tribuna disposta a dar a vida pelo governo americano; o próprio Harold e seu altruísmo admirável de confessar tudo em favor das vidas ali presentes e, finalmente, o Sr. Greer e sua frieza incômoda, sua psicopatia latente, o único que não demonstrou nenhuma mudança de comportamento ao longo do julgamento. Traços psicológicos que nos fazem entender os fatos e atitudes tomadas ao longo da temporada.
Falando em traços psicológicos vejamos o Collier também que foi recrutado por uma organização já existente, alguns rebeldes que recebiam ordens através de um computador, que vinham de um desconhecido que guiava os passos e implantava ideias de liderança no ego dele. A Décima apostou alto e, infelizmente, acertou em cheio. O Petter estava cego de tristeza pela perda de seu irmão, acabou cedendo aos apelos de vingança da Vigilância e perdeu a razão.
Enquanto Harold tentava explicar suas reais intenções e suas preocupações com a criação da Machine, Reese, Hersh, Root e Shaw lutaram pelo que acreditavam. Hersh e Reese foram atras da pista de onde o Harold e todos os sequestrados estavam enquanto Shaw ajudava Root em sua missão com o Samaritano. Tudo se encaminhou para o fim já esperado, pelo menos por mim. Que o Samaritano seria aprovado e colocado em modo on eu não tinha dúvidas. Pra falar a verdade achei o plano diabolicamente perfeito. Qual governo diria não a tais fatos?
A cartada final da Décima foi a explosão com a morte de todos os que estavam no prédio do julgamento. A culpa foi jogada na Vigilância que teve a dizimação de seus membros inclusive de seu líder Collier. Perdemos o Collier que, dentro da vibe Batman me lembrou o Harvey Dent – coisa minha. Depois deste ato terrorista que se deu com o apagão e com a explosão o governo liberou a utilização do Samaritano como o novo sistema de vigilância e proteção. Neste ponto vimos a atitude preventiva da Machine através da Root. As sete identidades falsas implantadas no sistema do Samaritano são o ponto de partida deixado para a próxima temporada. A Machine construiu essas falsas identidades para aqueles únicos capazes de restaurar seu sistema e destruir o Samaritano, coisa que vai levar um certo tempo, como explicou a Root.
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Depois de ver todo o episódio eu não poderia ficar mais feliz. Em todos os sentidos. Desde as minhas apostas acertadas como o não assassinato do congressista até a sobrevivência de todo o elenco principal – isto é importante já que os roteiristas não temem em sacrificar os personagens. A evolução da estória nos apresentou um embaralhado esquema que nos introduziu numa nova e excitante direção a ser desenvolvida na quarta temporada. Na verdade, depois desta temporada, quem se arrisca em palpitar sobre os rumos da próxima? Eu não! Costumo dizer para os amigos que sinto um medo terrível de ser injusta e incompleta quando escrevo as reviews dessa série por ela ser grandiosa, não dá pra conjecturar grandes ideias, apenas constatações. Eu quero mesmo é ser novamente surpreendida por esses gênios criativos que escrevem Person Of Interest.
Serão meses de espera com muita ansiedade mas, no finzinho do ano, espero eu, estaremos novamente aqui, juntinhos, para acompanharmos mais uma excitante temporada desta série que é espetacular. Deixe sua opinião, o que achou da season finale?
15 de maio de 2014 em Manicômio Séries


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