Estamos já na reta final. Faltam apenas 3 episódios (eu presumo) para o fim desta temporada e Person Of Interest nos deu apenas pequenos fragmentos do desenvolvimento da trama principal. A ansiedade é tanta que vi Skip e esperei Search And Destroy para tecer meus comentários e opinar com melhor clareza. Tá, é mentira, eu confesso que, apesar da participação da querida Katheryn Winnick (Lagertha de Vikings), não tive ânimo para escrever sobre um episódio movimentado, de bom desenvolvimento e coeso mas que tinha como pano de fundo o ‘amor’. Inimigos dirão que é recalque rsrs mas não consigo encaixar nessa trama si-fi, com muito drama e perigo constante, um romance convincente, imagine dois. Depois de termos falado sobre amores perdidos em Karma (4×17) damos de cara com outros amores. Finch e a simpática Beth que conhecemos em Hong Kong e Reese e sua ruiva terapeuta sem sal. Não consegui me envolver com essa ideia.
Mas falando dos dois plots desenvolvidos no episódio, que é o que realmente interessa, nós encontramos Reese tentando salvar a caçadora de recompensas habilidosa e desafiadora Frankie Wells que, devido ao bom papel e principalmente ao carisma da atriz, já foi logo conquistando o fã de POI. Foi uma trama que acabou trazendo de volta a Harper, aquela chatinha 171 falsária (protagonista do episódio mais fraco da temporada) e dessa salada só ficou o desejo de encontrar a linda Katheryn Winnick novamente, após o desaparecimento da Shaw, ela seria uma ótima aquisição para o team Machine.
Já o Finch colocou em perigo a Elizabeth quando a encontrou para tomar um cafezinho amigável e sem intenções. A partir do momento do encontro dos dois, o CPF de Beth foi detectado pela Machine e a surpresa foi descobrir que a Root era a ameaça iminente. Elizabeth teria um algorítimo que seria importante para o Samaritano e Finch decidiu esconder nesse algorítimo um vírus mas isso implicaria numa reação da IA. Esse cavalo de troia poderia ser localizado, reconhecido, destruído e ainda traria suspeitas sobre o professor Whistler, seu disfarce. O Samaritano saberia que o suspeito em potencial dessa ação seria o interesse amoroso de Beth trazendo risco a todos através da descoberta da falsa identidade usada por Finch. Root, nossa psicopata preferida, estava decidida a tomar medidas extremas quando Finch engoliu o veneno e conseguiu frustrar os planos dela. Essa medida extrema apenas reafirma o caráter de Finch com sua certeza de preferir perder a vida do que tirar uma.
Corações foram partidos mas a segurança do team Machine foi mantida. Root ainda conseguiu que a Beth ficasse bem longe do Samaritano e sua diabólica equipe enviando um e-mail desacreditando o trabalho dela, tadinha. Enquanto Reese deu umas bitocas na terapeuta, Finch se contentou em saber que a Beth continuaria viva.
Já Search And Destroy trouxe o ouro escondido num simples caso da semana. Um plot desenvolvido a partir da destruição total de um executivo do ramo tecnológico. O cara era Sulaimah Khan (Aasif Mandvi do The Daily Show), um cientista da tecnologia acusado de desviar milhões da bem sucedida empresa que ele mesmo fundou. Com sua privacidade invadida, seus e-mails expostos, transações bancárias falsificadas, tudo circulando na mídia, ele logo chegou a conclusão de que era obra de uma Inteligência Artificial. Tudo por causa de seu novo projeto. Khan desenvolveu um poderoso antivírus, o mesmo foi adaptado e estava sendo usado pelo Samaritano para caçar a Machine. Khan nem imaginava que sua curiosidade levou o Samaritano concluir que ele era uma ponta solta e deveria ser eliminado.
A ironia de tudo isso foi que Khan foi caçado, viu a morte de pertinho durante todo o episódio e, no fim, depois de descobrir toda a verdade, decidiu ir ao encontro do seu destino, saciando sua curiosidade de conhecer a suprema Inteligência Artificial que declarou sua sentença de morte. Depois de pedir para vê-la de perto levou uma bala na cabeça disparada pelo implacável Sr. Greer. A morte é a única maneira de se encontrar com um deus e olhá-lo nos olhos.
Apesar de ter trazido novamente o poder assustador que o Samaritano tem, não há muito o que dizer do episódio em si. O roteiro de Search And Destroy acrescentou mais uma ferramenta a favor do inimigo costurando assim melhor a mitologia da série, trouxe boas sequências de ação além de um convidado bem especial, sem falar na enigmática Zoe e todo o seu charme.
Foram episódios muito bons de serem assistidos. Os casos procedurais, quando bem desenvolvidos, são sempre bem vindos e apreciados pela qualidade de seus roteiros e competência nas atuações e direção.
Mais três episódios e ficaremos órfãos até a próxima temporada, isso é triste mas acalentador já que temos a certeza da renovação da série. É um misto de alegria e tristeza.
Como de costume, agora é a sua vez de opinar. Acrescente, por favor, seu comentário é valiosíssimo, sempre.
Ps.
* Ótima a cara do Fusco com as piadinhas desafiadoras de Frankie.
* Gostava mais da Martine loira.
14 de abril de 2015 em Manicômio Séries
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