“Seu esforço para o Samaritano ficar online é um grande erro de julgamento.” – Finch
Chegamos ao fim de mais uma temporada de Person Of Interest. A primeira parte dessa conclusão foi ao ar na última terça feira deixando muita expectativa a algumas questões mais fáceis de compreender. No início desta temporada fomos apresentados à Vigilância, um grupo terrorista doméstico totalmente motivado a desmantelar o sistema de segurança do governo americano. Defensores da privacidade, seus membros são capazes de atrocidades para realizarem suas atividades. Acompanhamos algumas aparições esporádicas durante os 22 episódios isso porque eles esperavam a ocasião perfeita para executar seu plano.
Seu líder Collier teve seus motivos expostos e, assim, conhecemos um pouquinho do motivador da construção de toda sua revolta e tática terrorista. Em 2010 seu irmão foi apontado como possibilidade de ameaça iminente e preso pelo governo. Debaixo de muita pressão e incertezas seu irmão acabou cometendo suicídio. Como seu caso nunca se tornou real faltaram provas concretas de suas supostas intenções. Collier deu início a uma revolução adormecida que planejou de forma minuciosa o que acontece ao fim deste episódio. Entre flashbacks e imagens atuais acompanhamos o desenvolvimento esperando ansiosamente pelo desfecho dos plots.
Reese e Shaw que estão a procura do Finch, depois daquela troca dramática no episódio passado, são interceptados por Root e sua equipe. Pois é, a Root recrutou os nerds Daizo, Jason e Daniel, salvos durante a temporada e juntos estão trabalhando para sabotar o Samaritano. Enquanto Sr. Greer e Finch levam um papo cabeça, acompanhamos o team machine se desdobrar para entender as informações dadas e cerca dos 5 CPFs expelidos pela Machine. Vale ressaltar que todo o desdobramento não é suficiente para evitar a Vigilância de levar seus prisioneiros ao encenado julgamento. O Finch acaba sendo acrescentado ao banco dos réus por estar na companhia do Sr. Greer no momento do sequestro.
O papo filosófico entre esses dois quanto ao mérito de um deus criador que teme seu próprio filho, nos remete às suas personalidades. Finch é a precaução em pessoa, tendo a sensatez de temer faltar o elemento humano no fim das decisões futuras. Já o Sr Greer abraça o caos. Ele não teme as consequências da expansão da inteligência artificial, sua independência e consequências. Um líder nazista nato. rs
Por fim Root e seus hackers encontram as instalações do Samaritano em New Jersey. Com tudo o que precisa dentro de um caminhão baú ela dispensa os rapazes e pretende fazer o que a Machine pediu sozinha. Reese e Shaw, com a ajuda de Hersh encontram o local onde Finch estava sendo mantido mas chegam atrasados. Dão de cara apenas com a transmissão do julgamento planejado pela Vigilância daqueles que eles julgam responsáveis pelo sistema invasor da privacidade dos cidadãos americanos.
Preciso dizer que as cenas finais me lembraram o filme Batman Begins com momentos como o blackout e o julgamento. É bom sentir na direção do Jo Nolan a influência inspirada nas obras de seu irmão Chris Nolan. A sombriedade e suspense criados nos remetem a imaginar um último episódio cheio de dramaticidade com a possível execução pública dos sequestrados assim como o Christian Nolan fez nas cenas do Espantalho e seu julgamento e execuções insanas em Batman Begins. Como meu amigo Marcel Camp, não tenho medo de comparar e até dizer que Person Of Interest é melhor que muitas produções Hollywoodianas que expõem suas direções capengas e roteiros furados. Essa série é uma aula em todos os sentidos.
Depois de um episódio mais calmo e explicativo (já que estamos acostumados com muita adrenalina) com um roteiro espetacularmente redondinho, bem escrito, sem pontas soltas e de direção inigualável esperamos, cheios de ansiedade, o capítulo final que irá coroar a melhor temporada de Person Of Interest. Um grand finale para uma das melhores séries no ar da atualidade. Mal posso esperar!
10 de maio de 2014 em Manicômio Séries
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