quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Person of Interest | Review – 3×10: The Devil’s Share

Person of Interest entregou um meio de temporada mais que perfeito depois de uma semana digerindo a morte da tão amada detetive Carter. Lidar com a perda de um personagem não é fácil, e nesta série os sentimentos foram intensificados pela surpresa da perda de um personagem tão amado somada com a dramaticidade da série. Uma mistura explosiva que despertou o interesse até de quem não a acompanha. A repercussão foi tão intensa que muitas pessoas me procuraram para pegar as 2 primeiras temporadas e mergulhar no universo POI para descobrir por que tamanha paixão e luto entre os fãs internautas.
Enganou-se quem pensou que a série seguiria com uma caçada em busca do Simmons durante todo o episódio. Houve uma caçada sim, mas o alvo foi outro. Já sentimos uma diferença na abertura do episódio, onde acompanhamos o funeral da Carter, os esforços da Shaw em busca do assassino e o sumiço alucinado do Reese ao som de Hurt (Johnny Cash), um musicão, perfeita para descrever esses 5 primeiros minutos de luto e dor.
O Reese desapareceu e está em busca do Simmons sozinho, então o Harold e a Shaw com a ajuda de Fusco vão caçá-lo. Pois é, o cara alto, moreno e maluco deu uma de cavaleiro solitário em busca de vingança. A mudança é impressionante e choca vê-lo tão desequilibrado e cru, um homem completamente diferente do ex agente da CIA frio esquecido de sentimentos reais, um ser humano que acabou de levar um choque de realidade e lembrou de sua própria humanidade. O Jim Caviezel fez um trabalho brilhante ao retratar a dor da perda da parceira e a disposição de se fazer tudo por vingança. Ele se encontra gravemente ferido e coloca o team machine num beco sem saída. A única pessoa que poderia dar uma luz de onde o Simmons estava, e consequentemente o Reese, era o advogado que foi morto e assim a saída que seus amigos veem para lhe tirar do fogo cruzado é pedir a ajuda da Root. O Harold reluta muito mas acaba cedendo. É tudo o que a Superusuária quer já que vive se preparando para o grande evento que aMachine prevê e só precisa de uma brechinha para voltar a estar em contato com a tecnologia.
John Reese está tocando o terror, não importa se é Federal, Swat ou da máfia russa, seu interesse maior é o Simmons e ele usa o Quinn para isso. O cara está louco, armado e perigoso, mas tem a vulnerabilidade do ferimento que o incomoda visivelmente. Gente, ele ia matar o Quinn, só não o fez porque as balas acabaram, se mostrou tão transtornado que cortou meu coração.  Um ponto interessante desse episódio é que foi mostrado como cada membro da equipe lida com os sentimentos ou a falta deles. Na realidade, aparentemente nenhum deles se incomoda muito com o sentir. São flashbacks com avaliações psicológicas que demonstram como cada um lida com as situações de stress e perdas que normalmente comprometeria o trabalho e o comportamento de pessoas normais. Neste momento entendo perfeitamente a frase do Fusco. Ele disse que quando achava que estar naquela equipe era estranho um deles elevava a estranheza ao próximo nível. São pessoas diferentes, disso ninguém duvida, mas que trabalham juntas salvando vidas, decidiram ser pessoas corretas fazendo o que é certo, utilizando as vantagens de suas habilidades e frieza, ainda bem!
POI
E é neste sentido que absorvemos o discurso emocionado do Fusco. Ele consegue interceptar o desgraçado do Simmons, dá uma de Holyfield, mesmo gordinho, dá umas boas cacetadas no nojento, quebra seu braço mas deixa claro que é um bom homem, que conseguiu entender o que era certo e errado com a ajuda da parceira mais humana que tinha na equipe, aquela que  o ajudou a salvar-se de si mesmo, profundo não? Dessa forma o Simmons é preso pelo Fusco e levado à  justiça para responder por seus crimes.
Mas não acabou, o grande Elias resolveu aparecer. Todos sabemos do carinho que ele também tinha pela Carter, ele era seu informante e a ajudou algumas vezes em sua empreitada de desmantelar  a HR, por isso, ele chegou de mansinho como sempre, com seus oculosinhos  redondos, o discurso filosófico sobre civilização e assiste de camarote o fim merecido do Simmons. Eu adoro o Enrico e sempre achei seu trabalho subestimado na série, espero, de coração, um espacinho maior para seu personagem vilanesco adorável.
Entramos num hiato de 3 semanas, o próximo episódio será exibido dia 17/12. Pra falar a verdade a grande incógnita que fica na minha mente agora é sobre o tal evento que a Root tanto fala com um expectativa infantil de assustar. E, para nossa alegria, a Superusuária agora faz parte do team machine, super agregada para enfrentar o que há de vir. A Vigilância também promete alguma ação. Só nos resta esperar e formular nossas suposições.
Fique a vontade para deixar suas considerações.
*Alto, moreno e maluco!
* A cara do Fusco ouvindo a Root foi impagável
*O médico disse que ele vai sobreviver – perdeu muito sangue – vou roubar mais do Manhattan General!
* Não, não. Meu amigo vai matar você, eu apenas vou assistir.
28 de novembro de 2013 em Manicômio Séries


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