sábado, 17 de outubro de 2015

Supernatural | Review -10×11: There’s No Place Like Home


“Bem, você tem uma coisa que ele não tinha. Você é um Winchester.” – Charlie
A promo de There’s No Place Like Home causou o maior frisson nos fãs deSupernatural por causa do retorno da nossa querida Charlie. Depois de ter se encantado com a Doroty e ter embarcado para o mundo encantado de Oz em busca de uma aventura desconhecida num episódio divudisíssimo, ficamos com aquela esperança de a vermos novamente num episódio digno de tamanho carisma. Parece que a repercussão negativa daquele estranho filler deu certo e os roteiristas trouxeram-na de volta num episódio bem mais legal.
Com a criatividade digna dos bons fillers da série, os roteiristas desenvolveram o retorno de Charlie a partir de uma guerra crucial no reino de Oz e a separação das personalidades da nerd ruiva. O lado mau ganhou um novo corpo deixando somente o lado bonzinho e entediado para que, sozinho, ganhasse a guerra instaurada em Oz. Vou ser tendenciosa (mais do que de costume) e dizer que amei a ideia de tirá-la de Oz, quebrar a chave e tornar aquele reino inacessível para o universo de Supernatural. Deixa esses contos paraOnce Upon A Time.
Supernatural.S10E11 II
Em busca de uma solução para a Marca de Cain, Sam encontra um vídeo que caiu na net. Esse vídeo mostra a Charlie empolgada torturando uma pessoa. O objetivo dela é encontrar quem causou o acidente que matou seus pais quando ela tinha 12 anos, então ela bate até conseguir o que quer – super badass. Sam e Dean caem de paraquedas na trama e dão de cara, primeiro com a má, depois com a boazinha que acaba explicando tudinho. No resumir da obra descobrimos que o mágico de Oz que ficou no reino não é quem todos julgam ser e sua personalidade também foi dividida. No fim ele se sacrifica para que seu lado ruim morra também e nossa querida Charlie volta a ser uma só desfrutando do equilíbrio entre o bem e o mau dentro de si mesma, mas não sem antes sentir na pele o descontrole do Dean.
Neste ponto preciso citar novamente os roteiristas e a competência em mesclar a trama principal com o plot da Charlie de forma tão eficiente. Dean está superconsciente e fazendo de tudo para se controlar enquanto não encontram uma forma de remover a Marca de Cain. Desde o programa de 12 passos (?) que envolve não beber e dormir bem até comer couve e ouvir fitas de autoajuda para controle de raiva, podemos ver o desejo dele de se livrar daquela coisa. Mas o interessante é que o sofrimento dele nos comove e nos diverte ao mesmo tempo. Exatamente da mesma forma funciona o plot da Charlie. Com uma trama sensível, somos transportados para dentro da dor de Celeste que perdeu os pais e foi vítima do injusto e sujo sistema judicial mas nos divertimos bastante com seu senso de humor sarcástico/cínico. As duas são ótimas e, depois da fusão, nos faz desejar ver o lado dark da Charlie mais vezes.
Supernatural.S10E11 III
Então, voltando ao descontrole de Dean, a Dark Charlie foi impedida de entrar na casa do Oz bonzinho a porradas. A pobre Good Charlie sentiu na pele a fúria de Dean e ficou só o bagaço. Confesso que senti um arrepio quando Dean quebrou o braço dela e pensei: ferrou, ele só vai parar quando ela estiver em coma! Mais um ato imperdoável pra ele carregar na consciência. Aí nem a couve resolveria rsrs. Mesmo o Sam interferindo na situação impedindo um estrago maior e a Charlie o perdoando Dean não consegue se perdoar e está entrando em parafuso por causa da carga de culpa que está carregando.
Não foi a melhor aparição da Charlie na série (o episódio 8×11: LARP And The Real Girlfoi épico) mas foi bem digna. Trouxe uma profundidade à personagem demonstrando a carga negativa que ela guarda dentro de si. Esse desenvolvimento que os roteiristas dão aos personagens secundários é um dos trunfos de Supernatural. Os mais carismáticos e interessantes são reaproveitados e mostram que nenhum deles é superficial mesmo que apareçam apenas por uns 5 ou 6 episódios em toda a série.
There’s No Place Like Home cumpriu seu papel e me deixou feliz em ver a Charlie numa nova roupagem. A Felicia Day é maravilhosa e mostrou toda sua versatilidade como atriz. Espero revê-la mas vezes na série, de preferência, num episódio que tenha o Cas, por favor!
Antes de finalizar preciso dizer que, depois desse episódio, tive a leve impressão que o Deanmon não volta ou, se voltar, não vai durar muito nem causar muitos estragos. Parece que vai ficar só nessa de Marca de Cain e sua influência (espero estar errada). Explico: O sofrimento de Dean é palpável e, se o demônio voltar, quando ele se for, Dean não vai ter psicológico para lidar com o que quer que aconteça. Depois de 10 anos de lutas, mortes, inferno, purgatório, perda do Sam, desilusão, alma negra e etc., nem 10 milhões de anos de terapia vão ajudar a reconstruir o psico dele. Pelo menos é o que os roteiristas estão deixando como impressão. Só acho um baboseira sem fim, como já falei, não gosto do draminha, não em Supernatural.
Enfim, eu gostei, e você? Deixe sua opinião e até o próximo episódio.
Quote:
*Devia ter adivinhado que Rocket e Groot me achariam.” – Dark Charlie
540



Nenhum comentário:

Postar um comentário