“Não é apenas sobre os números, Harold. É uma questão de sobrevivência.”
A première de Person Of Interest chegou para minha alegria. Não consigo colocar em palavras a felicidade que senti assistindo a volta dessa pérola da TV americana do kid Nolan. Estava morrendo de saudades do team machine e todo o enredo fantástico que envolve esses personagens. Como era de se esperar, Panopticon foi um episódio delicioso onde reencontramos nossos amigos em suas novas identidades.
O fim da terceira temporada trouxe uma mudança drástica no status da série, um terremoto que não só forçou os membros do team machine a se realocarem em novas identidades como também encerrarem suas atividades de salvadores de CPFs. Eles estão agora em novas ‘profissões’ sufocantes e desconfortáveis. Quase todos, já que John foi privilegiado com uma vaguinha de detetive na narcóticos. Eles estão disfarçados e contam com a ajuda constante da Machine que camufla suas identidades no sistema do Samaritano, graças a Root.
O que Panopticon nos mostrou foi que eles realmente não funcionam sozinhos, eles necessitam um do outro. É colocado em cheque a prerrogativa da sobrevivência. Harold, agora professor, desacreditado da Machine e seus propósitos, usa essa palavra para convencer John de que deve se manter quieto, que não vale a pena ir atras de salvar ninguém apontado pela Machine. Isso implicaria na exposição e no risco de ser pego. Mas a questão é que John sempre esteve na mira de alguém e seu desejo de estar na ativa é inato, sem fazer o que ele gosta de fazer sobreviver não vale a pena. Essa é a diferença entre estar vivo e viver. É justamente isso que ele tenta mostrar a Harold, que o propósito é o que importa, a motivação de que se tem algo para realizar os fará sobreviver mesmo em meio a todos os riscos. Então Harold decide dar uma ajudinha a Reese no caso que foi desenvolvido no episódio.
A Shaw, visivelmente desconfortável na sua nova vida de vendedora de loja de madame, também tem seus momentos de dúvidas quando se encontra com o John e vê que ele quer voltar a ativa. Primeiro ela concorda e volta a ter aquele brilho nos olhos, mas depois, ao perceber que ele não está nem aí pros cuidados específicos para não ser detectado pelo Samaritano, ela chega até a apagá-lo. Mas nada que uma conversinha legal com o Reese e o fato de que um garoto precisava ser salvo não resolvesse. John agora é um policial e precisa manter as aparências de que age conforme a lei então é aí que entra em cena o Elias (o qual espero ver muito mais nessa temporada), esclarece um monte de coisas com seu conhecimento de todo o movimento das gangues locais. Uma ajudinha física e, pronto, tudo fica aparentemente correto no fim das contas.
O caso da semana foi resolvido e então entendemos o por quê de a Machine só ter reaparecido nas vidas deles agora. O Ali Hasan desenvolveu uma rede ‘out of the books’ onde os celulares não são grampeados e monitorados pelo Samaritano e assim eles, agora, podem se comunicar a vontade sem medo de serem pegos.
Voltando ao Finch, notei que o seu maior desgosto era a dorzinha de cotovelo que ele sente ao ver que a Root e a Machine continuam muito próximas como também o fim de seus brinquedinhos tecnológicos que lhe davam subsídios para as missões. Mas a Machine foi ‘superlegal’ e mostrou a ele uma nova bat-caverna, onde ele poderá montar a nova Torre de Vigia e voltar a ativa nas ruas de New York.
A série entregou um episódio bem semelhante aos já vistos mas com possibilidades diversas e ainda extremamente divertido. Contando também com a parte filosófica e nostálgica. Ver Harold entendendo que “nós somos a loja” significava que eles são de fato a Machine foi inspirador como também sentir a dor da saudade nos olhos do Reese ao colocar suas coisas de recém transferido na antiga mesa da Joss. Fusco e Reese agora são parceiros na homicídios (quem diria) e Shaw (super engraçada no seu primeiro emprego) também ganhou um novo trabalho da Machine. Segundo a Root, ‘tudo é importante’ e a Machine tem um plano.
Resta aguardar os próximos episódios e se deliciar nessa maravilha de série onde o garoto Nolan nos presenteia sempre com seu roteiro rico, cheio de reviravoltas e uma direção fluída com muita ação, diversão e conteúdo.
Até semana que vem. Deixe seu comentário, claro!
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