quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Person Of Interest | Review – 4×22: YHWH (Season Finale)




Pai, sinto muito, eu falhei com você. Eu não sabia como vencer, eu tive que criar novas regras. Pensei que você queria que eu ficasse viva. Agora você não tem certeza. Se vocÊ acha que eu me perdi talvez eu devesse morrer. Eu não vou sofrer. Se eu não sobreviver, obrigado por me criar” – Machine
Já fiquei muitas vezes me perguntando o que escrever ao fim de um episódio de Person Of Interest, mas dessa vez foi grave! Depois de dois dias conjecturando com os meus botões, resolvi colocar em palavras falhas – com certeza, a perfeição que foi esse episódio. Como diz meu amigo Marcel, a evolução da IA que os irmãos Wachachá não conseguiram explicar e desenvolver com clareza e competência nas sequências de Matrix, a equipe do Kid Nolan nos presenteou com maestria e genialidade. Foram 40 minutos de tirar o fôlego, mesclando ação, filosofia, tecnologia, instinto de sobrevivência e, acima de tudo, gratidão.
Nós acompanhamos um padrão nas finales passadas. Foram episódios que nos deixaram em agonia, aflição e muita tristeza durante 4 meses, esperando ansiosos pela temporada seguinte. Os fatos trágicos estão presentes no sequestro do Finch na finale da primeira temporada, na Machine tendo que se esconder na finale da segunda temporada e no Team Machine tendo suas cabeças a prêmio na ascensão da nova e perigosíssima Inteligência Artificial – o Samaritano na terceira finale. E desse vez foi diferente? Arrisco-me a dizer que sim. A ansiedade por saber como será a próxima temporada continua a mesma mas os sentimentos são bem diferentes.
Depois de todos os acontecimentos em YHWH a emoção que predomina é a esperança. Depois de uma finale, posso usar essa expressão, tão linda, só nos resta um sorriso no rosto e a certeza de que a nova Machine, a que agradeceu a Finch, de forma tão emocionante por ter sido criada e pediu perdão por ter tecnicamente falhado, irá ressurgir das cinzas no maior estilo Fênix de ser. O DNA dela foi salvo na operação de resgate mais maluca que a equipe se meteu, rendendo as melhores cenas com diálogos geniais e e ideias sensacionais.
Person Of Interest - 2
Isso não significa que o plot desenvolvido pela subtrama envolvendo as brigas das gangues de New York onde estavam Reese e Fusco seja diferente. Muito menos o papel da Controle nessa estória tão fantástica. São plots que se respondem de certa forma. A Controle descobriu, tarde demais, que o plano de correção do Samaritano não era bem o que ela imaginava e nós também. Fomos levados a pensar como ela, que a correção seria um ataque em massa, com consequências grandiosas. Mas nos deparamos com a eliminação estratégica de alguns isoladamente, pessoas com forte influência no ‘sistema’, capazes de produzirem o caos. O fim delas traz, realmente, de certa forma, o controle e implanta a ideia de um mundo melhor.
O Dominic e o Elias estavam há muito tempo na mira do Samaritano e nós nem desconfiávamos. Chefões do crime que foram poupados algumas vezes pelo Team Machine, e até alvos de missões de salvamento, foram eliminados pela equipe de ‘limpeza’ do Samaritano (tenho esperanças pelo Elias, ele não me pareceu morto). Ironicamente vimos o grande Dominic tombar nas ruas escuras de New York enquanto pousava de Rei do Crime. Por outro lado, eu não podeia deixar de mencionar a interação entre Reese e a Machine. Que fantástico! Usando palavras gravadas, a Machine guiou Reese até quando pôde. Espetacular acompanhar a sequencia de coordenadas e as ações e movimentos do John nos dois momentos.
Mas o que mexeu com a ‘fanzarada’ foi a despedida consciente da Machine. Falar com o seu criador como se fosse uma criança assustada, pedindo desculpas e sem esperanças ao som de Pink Floyd – “Welcome to the Machine” estraçalhou os corações. Atravessando uma crise existencial digna de qualquer ser ‘humano’, a Machine se vê perguntando se vale a pena colocar as pessoas mais próximas em perigo constante e se sua morte não é de fato a melhor alternativa. Claro que o Finch não queria que a Machine morresse e seu DNA compactado e guardado na maleta será o suficiente para o recomeço que acreditamos. ‘Confie no processo’, disse a Root no início do episódio e agora é o pensamento que moverá o Team Machine que recomeçará do zero.
Person Of Interest - 3
A equipe de roteiristas do Kid Nolan caprichou na devastação. Doeu ver os 10 minutos finais do episódio, mas, como eu falei no início, a esperança de que eles conseguirão lutar contra a maldita IA, fugir dos agentes, ganhar a guerra e destruir a Matrix é unânime (ups, obra errada! Rsrs).
Com a série renovada temos a certeza de mais 13 episódios fantásticos (pois é, serão apenas 13 episódios dando ares de última temporada. Te odeio CBS!) dessa série sensacional que é, sem dúvidas, uma das melhores no ar atualmente.  Sempre digo aos amigos: – Só lamento por quem parou no meio do caminho, a genialidade realmente é pra poucos! Hahaha.
Despeço-me pedindo, mais uma vez, o seu comentário. Fique a vontade, responderei assim que possível e, espero encontrar todos vocês que estão sempre por aqui na próxima temporada. Até mais!
Ps.
*Para os fãs de Matrix, quando o orelhão dentro da parede destruída por Root tocou, quem não lembrou de Trinity ou Neo atendendo e saindo da Matrix?
*“Você não controla o mundo com violência. O verdadeiro controle é cirúrgico, invisível.” – Greer
*A morte desse Sr Greer não aconteceu ainda porque ele precisa ver o Samaritano ser destruído primeiro. Ô criatura desprezível!
*Já vai tarde Dominic e todas as suas caretas irritantes.
*Campanha #ElijahIsAlive.
*Bye-bye Control.
*Ninguém do Team Machine morreu. Errei no palpite.
*“Você pode me ouvir?” “Sim” “Ótimo, apague as luzes” – Reese e Machine.
*Qual é mesmo o papel da Iris terapeuta nisso tudo?
*Ô povo ruim de mira!!!
*Por que YHWH?
12 de maio de 2015 em Manicômio Séries

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