Filler-no-filler. Alguém concorda comigo? Paint It Black se desenrolou de forma homogênea trazendo informações interessantíssimas sobre o Grand Coven envolvendo os Mens Of Letters enquanto jogava na cara mais um caso procedural de um espírito vingativo completamente maluco. O alternar das estórias alimentou um suspensezinho gostoso conduzindo o mistério da verdadeira identidade da culpada pelos suicídios-assassinatos até mais ou menos 30 minutos de episódio.
Com um desenvolvimento bem sólido ainda que rápido, o caso conduziu os Winchesters até uma igreja onde pessoas que se confessavam cometiam dolorosos suicídios. Dean está naquela vibe de investigar tudo, resolver tudo para não pensar na desesperança que enegreceu seu coração. Ele não quer pensar na Marca de Cain e sua irreversibilidade. Sam…. bom, Sam estava lá.
Na típica investigação conhecida dos fãs de Supernatural a 10 anos, descobriu-se que a culpada viveu em 1520. Era uma moça apaixonada que deu o sangue, o suor e o ‘dedo’ por um amor não correspondido e voltou do além, junto com uma carga de obras de arte. Uma delas era um belo quadro que continha seu sangue e seu dedo. Bizarro não? Não consigo processar o que esse pintor maluco tinha na cabeça quando pediu o sangue dela para misturar nas tintas. Enfim, depois da decepção, a moça decidiu virar freira mas não conseguiu paz então assassinou o artista. Não satisfeita, seu fantasma se pôs a caçar todos os infiéis que se confessavam nesta igreja.
Desconfiados de ser realmente um espirito vingativo Dean decidiu se confessar para atrair a atenção do fantasma. As declarações de Dean sobre Gina apenas desencadearam o sentimento de libertação. As palavras seguintes foram de uma sinceridade profunda. Dean viveu muitas experiências, morreu, reviveu, impediu o apocalipse, foi parar no inferno, purgatório e muito mais, tudo em nome do business family. Ele até tentou levar uma vida normal mas ser hunter estava no sangue, no coração e a normalidade nunca fez seu estilo. Foi bem chocante e triste ao mesmo tempo ouvir que agora, depois da Marca de Cain, Dean tem medo de morrer sem antes experimentar sentimentos e situações comuns para pessoas comuns. Além do medo de voltar a ser o exterminador sem alma portador da Marca de Cain, Dean tem medo de terminar seus dias sem experimentar coisas corriqueiras que ele nunca deu importância. Quem diria.
No andar de baixo Rowena e Crowley deram uma adiantada boa no plot infernal. Crowley deu de presente pra sua mãe a bruxona que ela tanto falou. Olivette, alta sacerdotisa do Grand Coven, foi capturada pelos demônios de Crowley e levou umas belas bofetadas para cuspir toda as verdades as quais Rowena a fez confessar. Olivette contou que o Grand Coven agora não passa de uma sombra do passado, que os Men Of Letters foram os responsáveis pelas várias caçadas, fogueiras e perseguições que exterminaram a maior parte das bruxas que compunham o Grand Coven. Os Homens das Letras ainda confiscaram todo o acervo em posse dos caçados e o armazenou em bunkers espalhados pelo mundo. O surpreendente foi descobrir que Olivette sabia sobre os Winchesters, da ligação direta que eles tem com o grupo de fanáticos samaritanos e que são eles os guardiões do bunker, supostos últimos Men Of Letters dos EUA.
Rowena já alimentava um amor danado pelos Winchesters, imagine agora. O próximo passo, penso eu, é conseguir colocar Crowley contra eles e tramar toda uma vingança para ser re-introduzida no Grand Coven e ter seus poderes amplificados pelos privilégios bruxísticos dos membros do clã.
Foi bom ter os Mens Of Letters reintroduzidos na trama. Explorar a mitologia desse plot é uma esperança de ricas vertentes criativas e, quem sabe, daí não sai a solução para a Marca de Cain e todo esse tormento do Dean. Vamos torcer para que os roteiristas sejam corajosos já que o Deanmon não durou muito por pura covardia.
Deixe seu comentário e até a próxima pessoal.
525
Nenhum comentário:
Postar um comentário