Olha a Evelyn ‘again’, dando o ar da graça para nós que sentíamos saudades. Em mais uma de suas visitinhas a casa em Malibu, a matriarca Harper vem acompanhada de seu namorado Marty Pepper (grande Carl Reiner), o noventa e cinco e meio tons de cinza (quem lembra da piada?). Desta vez a visita tem um propósito, o pedido de casamento do velho caquético, doente, tarado e muito rico a Evelyn. Entre uma pílula e outra, uma taquicardia e muita confusão, o plot é desenvolvido a partir dos preparativos deste exótico casamento.
Walden, como best men prepara uma despedida de solteiro para o Marty com seus amigos que restaram vivos. Resume-se a um almoço/jantar (as 15h não sei bem classificar a refeição) cheio de velhinhos simpáticos, ricos e famosos caindo aos pedaços. Só tenho uma observaçãozinha básica a fazer; as piadas com o Alan e o Walden atingiram e transbordaram sua cota, deu nos nervos ouvir coisas como: – Que mulher feia. – Achei que não teria garotas na festa. – Eu tinha um amigo gay que foi preso por sodomia e blá blá blá. Reciclagem porca de piadinhas imbecis, enfim…
Os velhinhos estão contando piadas antigas e exaustivamente repetidas enquanto a Jenny e a Evelyn vão às compras do kit sedução, aqueles itens básicos de lingerie e afins para uma lua-de-mel bem mais interessante. Mas o Alan tem o popularmente chamado dedo podre. Ao contratar strippers para a despedida de solteiro ele faz com que Marty desista do casamento. Vou contar pra vocês, não sei nem o que comentar viu, é bem assim mesmo. Os homens precisam desse tipo de coisa para reafirmar pra si mesmo e para as pessoas que, mesmo no fim da vida, a sexualidade ainda está lá. Não achem que estou falando mal, muito pelo contrário. As mulheres também fazem isso, é natural da espécie e a review agora está parecendo aula de psicologia geriátrica, cruzes.
Então, para convencer o Marty a voltar para Evelyn deu-se o inusitado pedido de casamento do Walden ao Alan. Não vou mentir, eu ri bastante. John Cryer se superando ao pular no colo do Ashton beijando seu rosto, aquela emoção toda foi muito engraçada. Deu certo, o velhinho noventa e cinco e meio tons de cinza resolve largar a vida promíscua mais uma vez e voltar para a pervertida mor, Evelyn Harper e o casório acontece na sala de estar da casa em Malibu. Uma cerimônia exótica para um casal diferente.
Tenho que dizer, apesar dos pesares, os melhores episódios de Two And a Half Men são aqueles onde as atenções são divididas entre o trio principal e os convidados. A menção honrosa vai para o piadista Garry Marshall, ator, diretor, produtor e roteirista; e para o cantor mijão Steve Lawrence, realmente cantor de Jazz e pop. Mesmo com piadas recicladas essas presenças fizeram o episódio ironicamente mais ágil e nostálgico. Digo para quem conhece essas pessoas porque eu nunca os vi na vida! Rsrs.
Não teve uma cena de festa e não vimos o discurso do brinde que Alan estava preparando, mas eu tenho um brinde a fazer: A nós, heróis da resistência, que ainda vemos essa série vergonhosamente ruim, porque somos definitivamente sadomasoquistas pervertidos – Cheers!
Até o próximo episódio pessoal.
2 de fevereiro de 2014 em Manicômio Séries
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