Algumas vezes me sinto exausta quando termino um episódio de Person Of Interest. É tanta reviravolta, tanta informação que, se a distração bater, não tem jeito, é melhor voltar algumas partes e ver de novo. Foi o que me aconteceu assistindo Point of Origin. Apesar de todos os arcos se encontrarem no meio do caminho indicando apenas dois objetivos e do final apresentado ser super instigante, foram muitos elementos num episódio um pouco lento, o que o tornou meio cansativo mas, claro, nada comprometedor.
O caso da semana serviu para apresentar os novos planos de Dominic e a Irmandade: derrubar o Elias. Envolveu um infiltrado hacker, uma investigação interna da corregedoria e arquivos roubados com informações sobre Elias. Dominic é realmente um vilão excepcional que pensa diferente de todos os outros enfrentados pelo team machine. Ele não tem honra como Elias (dentro da distorção de sua realidade), não procura apenas poder como o Governo, não procura apenas controle como a Décima, muito menos age somente por ganância como a HR, suas motivações vão além dessa realidade e junção de objetivos. Ele quer mudar as estruturas do crime em New York, quer impor um novo regime de funcionamento no sistema e ser o rei do submundo. Para que isso aconteça ele precisa dominar as facções e conhecer seus inimigos para estar sempre a frente de seus passos. É por isso que ele usa de suas ligações e influência e consegue tomar posse das informações sobre Elias guardadas pelo departamento de polícia tornando-o o próximo alvo detectado pela Machine.
Mas Dominic não tem apenas o Elias como preocupação, ele também tem como inimigo um agente da NYPD alto que usa terno. O detetive Ryley, nosso herói Jonh, parece ter o timing perfeito e está sempre presente como uma pedra no sapato. Ele faz parte do círculo sobreposto que tanto incomoda Mini e põe em risco seus planos para a Irmandade.
Enquanto isso o Samaritano está no encalço de Shaw, tentando, a todo custo, localizar a dona da imagem desfocada da gravação que vimos na semana passada. Toda a caçada de Martine que começou na prisão obtendo informações da ex parceira do ladrão sexy e bonitão Tomas, passou pelo rápido embate com o chefe dos ladrõezinhos com quem Shaw trabalhou por um tempo, culminou com o encontro cara a cara na loja de departamento onde a Shaw vende maquiagem, rouba delineador e morre de tédio. Uma das identidades construídas pela Machine foi descoberta e comprometida, é o implacável Samaritano retomando o controle e caçando seus inimigos. Isso é emocionante e dá uma ideia de como será a midseason da série.
Desde o início da temporada POI vem apresentando a nova realidade dos nossos heróis dentro dos casos da semana corriqueiros e conhecidos. O bom disso tudo é que, mesmo que o caso não seja muito interessante, geralmente ele traz informações novas e importantes que encorpam o arco principal traçando movimentos importantes para a composição de uma trama bem redondinha sem pontas soltas.
Point of Origin foi um episódio que somou informações importantes mas sem grandes destaques. Ele apenas nos deixou mais próximos de um confronto entre o team machine e o Samaritano, como também do confronto entre Elias e Dominic. Vai ser eletrizante acompanhar o desenrolar desses arcos. E agora me conte o que achou do episódio.
Obs:
*Como assim explodir o fundo de uma piscina e sair nadando por ele?
*Fusco e Shaw na tocaia, faltou a ironia de costume, me senti meio desapontada.
*Cadê a Root?
*Reese e Silva, como se parecem!!!
24 de novembro de 2014 em Manicômio Séries
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