quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Person Of Interest | Review – 4×17: Karma




Apesar de estarmos, praticamente, na reta final da temporada e sermos consumidos pela ansiedade de ver o embate entre Machine x Samaritano, Person Of Interest nos presenteou com mais um episódio 100% procedural. Na review passada eu usei o termofiller e fui criticada então, não vou dizer que esse episódio foi mais um filler para não desagradar os fãs mais xiitas (brincadeirinha tá? Eu gostei do episódio!) Rsrs
O caso do episódio nos apresentou o terapeuta Shane Edwards que tinha um método bem especial de ajudar indiretamente seus pacientes vítimas de crimes graves. Edwards vestia a máscara de vigilante e conseguia manipular as circunstâncias para enquadrar os criminoso de alguma forma. Ele pensava que assim honrava a memória da esposa que foi assassinada por espancamento a 8 anos atras. Sem conseguir colocar em prática seu próprio conselho de seguir em frente, ele arquitetava planos meticulosos para incriminar os agressores de seus pacientes por crimes diversos fazendo justiça da forma que lhe parecia eficiente apenas por merecimento dos criminosos.
Person.of_.Interest 4x17
De cara Edwards ganhou a simpatia do trio-machine. O Fusco queria mesmo era ver todo e qualquer criminoso preso (tá impossível esse Fusco rsrs), Reese e Finch tiveram questões mal resolvidas com suas amadas Jéssica e Grace respectivamente. Reese perdeu Jéssica e Finch deixou que Grace seguisse seu caminho e não fosse envolvida com os perigos de sua nova vida. O Finch, além da noiva, estudante de arte, também perdeu uma pessoa muito importante, seu companheiro Nathan Ingram. Nesta lembrança somos levados ao flashback do momento onde Finch conseguiu distinguir, dentro de sua própria dor, a diferença entre justiça e vingança.
Na minha visão, os flashbacks foram bem mais densos e interessantes que o próprio caso do CPF. Enquanto Edwards tramava acusar o suposto assassino de sua mulher pelo próprio assassinato (bem doentio isso), Finch se recordava da dor que sentiu ao perder Nathan e do turbilhão de sentimentos que invadiu sua alma ao decidir se vingar. A primeira de sua lista era Alícia Corwin, que sofreu por um tempo com os telefonemas assustadores do Finch. O plano de vingança dele contava com um fim dramático para Alícia, uma explosão de bomba, bem clichê mas extremamente eficiente.
Person.of_.Interest. 4x17
A questão é que Finch não tinha certeza se Alícia sabia dos planos de eliminar Nathan, como também Edwards não tinha certeza se Morris matou sua esposa. A Machine decidiu interferir no vingança de Harold assim como Harold interferiu na vingança descabida de Edwards. Alícia negou qualquer envolvimento com a morte de Nathan e disse a Harold que era um voto de fé porque ela não teria como provar. Finch entendeu que vingança cega não é justiça. Bem assim foi com Morris. Apesar de Edwards ter desistido da vingança o episódio deixou a incerteza sobre Morris. Ao fim de tudo, não sabemos se foi ele mesmo quem matou a esposa de Edwards mas a questão em evidência é: vale a pena se sacrificar por uma dúvida? A vingança traz mesmo o encerramento de uma questão dolorosa? O encerramento de sua dor vale o risco de envolver pessoas que possam ser inocentes?
Karma foi um episódio denso e profundo fazendo-nos questionar nossos próprios valores. A dor da perda, o desejo de justiça, a incerteza das circunstâncias estão presentes na vida de todo mundo. Cada um tem uma forma de processar seus carmas e Reese e Finch carregam vários sendo capazes de nadar em seus oceanos de arrependimentos, lidar com eles e voltarem a trabalhar por um bem maior no dia seguinte. Meus heróis!
Enfim, depois de refletir um pouco e viajar na filosofia do episódio eu espero, de coração, que o próximo traga a trama principal de volta e sejamos presenteados com mais informações sobre o tão esperado embate entre Machine x Samaritano.
Até a próxima pessoal!
16 de março de 2015 em Manicômio Séries

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