De volta ao negócio da família.
Depois de três episódios focados em Dean e Sam, Supernatural trouxe um filler focado em: Dean e Sam. A estorinha da Kate, a lobisomem do episódio estilo ‘found-footage’ (estava fazendo um sucesso danado na época então resolveram trazer pra série) gravado em primeira pessoa com câmera amadora que fez parte da oitava temporada foi apenas um pano de fundo para mais uma longa e repetitiva DR dos Winchesters.
Faz parte da fórmula e da tradição de SN apresentar episódios de caráter procedural com os famosos casinhos da semana que hoje em dia são considerados pura encheção de linguiça. Foi exatamente o que escrevi numa resposta de algum comentário – a fórmula inicial dava certo nos três primeiros anos porque era novidade, mas hoje ela já não funciona direito, ainda mais com a falta de emoção e mistério como foi o caso do episódio dessa semana. Posso estar sendo chata, fria ou sei la o quê em dizer que não senti emoção nenhuma mas é a pura verdade. Desde as declarações trocadas entre os irmãos até a tentativa falha de Kate em despertar a compaixão de Dean e Sam (e nossa também) para com sua irmã, foram minutos arrastados e, muitas vezes, repetitivos.
Falando sobre o episódio, a tentativa de descanso dos irmãos não poderia dar certo mesmo. São viciados em trabalho, principalmente o Dean que está no negócio da família a mais tempo e já deu o sangue, o suor e a alma pelo o que faz. Depois da cura Dean parece mais sério, reflexivo e disposto a ocupar a mente para não pensar muito. Na primeira conversa onde Lester é citado, senti que Dean procurou responsabilizar o Sam de toda situação para fugir da própria culpa de ter matado um inocente. Parece que fazer o Sam admitir que andou por caminhos obscuros lhe alivia o remorso de ter sido frio e impulsivo.
Eles encontram Kate e aí vem a parte mais chata do episódio. Aquela criatura com olho de peixe morto contando todo o drama familiar, tentando justificar sua decisão de transformar Tasha e desculpar as loucuras instintivas da irmã me deram sono. Um plot com a intenção de comparar os relacionamentos e as decisões tomadas só evidenciaram aquilo que todos nós já sabemos. Os irmãos Wincersters jamais serão racionais quando se trata um do outro. O que Kate fez com a irmã em momento algum aconteceu com eles (até agora). Mesmo que, em algum lugar da jornada, um tenha desistido do outro, eles não chegaram ao ponto de estarem no beco sem saída de um ter que matar o outro.
O lado positivo desse filler foi ver que Sam está preocupado com as consequências da Marca de Cain e promete procurar uma solução para esse problemão enquanto o Dean faz cara de paisagem e finge que está tudo ótimo. Não sei se estou errada, porque o Jensen foi de uma sutileza fantástica, mas percebi um certo receio de Dean de matar a Kate. Talvez um medo inconsciente de trazer à tona o desejo por sangue da Marca de Cain. Ele não matou ninguém, não dessa vez. As mortes ficaram por conta do Sam e da Kate, mas, em algum momento, isso vai acontecer então veremos se estou mesmo certa em pensar que a Marca não só se alimenta com as mortes realizadas com a First Blade, mas sim com todas que são provocadas por seu portador. Isso traria de volta a possibilidade de Dean demônio reaparecer ou, pelo menos, de desenvolver um arco mais interessante.
Em suma, Paper Moon foi um episódio morno, sem graça e cansativo. O mais fraquinho dessa temporada. Sou péssima em analisar DRs e dramas no geral, por isso não consegui me ‘apegar’ realmente a este episódio e não tenho muito o que falar dele. Então peço a vocês que comentem, participem e deixem suas impressões com suas opiniões. Vamos fazer da área de comentários a terapia familiar que os irmãos precisam tanto! Rs
*Quote:
”Parece que o saco de pulgas ainda não terminou de mastigar os ‘Sons Of Anarchy.’” – Dean
(Claro que eu não esqueceria de falar da menção de Dean a uma das séries do meu top 3 cujas reviews eu também escrevo no Manicômio. Levou mais meia estrela no conceito Nota do Episódio só por causa disso rs)
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