quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Person Of Interest | Review – 3×17: ‘/’

Junte-se a nós ou morra – Benjamin Franklin citado por Collier (Vigilância)
Depois de algumas semanas apresentando episódios auto-suficientes Person Of Interest trouxe nesta última terça feira o desenvolvimento esperado desde o ano novo de plots lançados e até então adormecidos. Foi tudo o que estávamos esperando e desejando de uma das melhores séries televisivas no ar atualmente. Aprecio demais a sensação de não entender nada até tudo fazer sentido como aconteceu.
O enfoque do episódio ‘/’ (sim, o título do episódio é uma barra) foi a nossa louca favorita, a Superusuária. Em sua nova missão a serviço da ‘patroa’ Machine, a Root resgata um lindo falsário ladrão de carros para realizar o plano desejado. Como bater os olhos no Billy (Colin Donnel) e não lembrar do amado, idolatrado, mitológico e fofíssimo Tommy Merlyn de Arrow. O mártir que deu a vida indo salvar a Laurel … ain (suspiros e mais suspiros). Tenho que dizer, me deu uma felicidade que foi maior que sua pequena participação nessa produção fantástica.
Voltando a POI, o Billy foi resgatado de um transporte penitenciário e, em questão de minutos, já realizou sua participação nos planos da Root. Ele foi levado para interceptar um pacote no Centro Nacional de Aplicação Para Supercomputadores, destinado a um alemão do qual imitou o sotaque e assinatura com uma facilidade invejável. Pena que sua participação acaba aqui e ele é descartado e levado pela polícia, mas não antes sem aquela dica sinistra do indígena, dinossauros e proteção eterna.
person-of-interest-3x17-II
 É bem claro que esse pacote interceptado tem extrema importância já que foi confiado para entrega a um geek asiático também a serviço da Root, mas o plot é deixado de lado para um outro passo da Machine. Esta enviou um novo CPF para a galera do Finch e ao mesmo tempo levou a Root até seu dono. Trata-se de Cyrus Wells, zelador de um edifício empresarial e, apesar de seu passado brilhante, sua maior utilidade é sua atual função e possibilidade de livre acesso aos andares do prédio.
Sem detalhar muito, acabamos sabendo em alto e bom som que o objetivo do trabalho da Root com a Machine é evitar a ascensão de uma segunda máquina, o projeto chamado o Samaritano. O projeto ganhou vida e está sendo finalizado pela Décima faltando apenas um chip para que ele seja concluído. Esse chip foi desenvolvido por uma empresa com base no prédio e é justamente o que eles queriam e nessa busca suas mensagens foram interceptadas pela Vigilância. Nós acompanhamos o fogo cruzado entre essas organizações. Uma quer usar Cyrus para roubar um chip e a outra quer detê-los. Envolvidos nessa baguncinha estão nossos heróis e anti heróis dispostos a cumprirem os deveres que foram lhes determinados.
Um ponto de destaque do episódio foi a conversa entre Finch e a Superusuária onde arrogância e compaixão foram temas explorados. Enquanto Finch adaptava um aparelho auditivo para a Root eles expuseram seus pensamentos e objetivos reais para com a Machine. De um lado vemos A Superusuária defendendo sua devoção louca pela Machine capaz de protegê-la de qualquer ameaça iminente colocando-a acima de qualquer outro objetivo. Em seu discurso ela diz que, pela própria definição do Finch, Cyrus é irrelevante até porque, depois da ativação do Samaritano, a Machine e seu time estariam em perigo.
Por outro lado temos o ponto de vista do Finch que conhece a relevância em cada número e que sua obra só começou a enxergar isso porque ele a ensinou. Cyrus é tão importante quanto todos os outros CPFs expedidos pela Machine, são pessoas e não peças descartáveis de um jogo e agora cabe a Root fazer a escolha. Quem viu percebeu qual escolha foi feita e agora, na reta final da temporada, veremos quais as consequências disso.
A beleza da série está em descobrir que os roteiristas estão a milhões de anos luz a frente do nosso pensamento e que desenvolvem tudo de forma tão perfeita a ponto de nos fazerem ver que a estória não está presa a 22 episódios. Quando nós perdemos a querida Carter sua trajetória já estava traçada desde a temporada anterior e tudo foi construído para o apego emocional e o impacto que todos sofremos. Nolan repete a fórmula quando enfoca a Vigilância e o Collier, como também a Décima e seu líder Sr. Greer mas nos evidencia o que é realmente importante: a relação entre Finch e Root e se realmente conseguiriam trabalhar juntos. Nolan fez isso com Reese e Finch, Fusco e Carter, Shaw e o time já formado e agora está desenvolvendo o mesmo relacionamento com a fascinante Superusuária apresentando-nos uma contagem regressiva sinistra e atraente para a conclusão da temporada, prometendo episódios explosivos.
Sem medo de me repetir digo que episódios como ‘/’ só me trazem a alegria da certeza de que acompanho, junto com todos os fãs, a temporada mais perfeita da série, com uma trama que coloca Person Of Interest na lista de melhorer séries de todos os tempos. Só lamento por quem não acompanha.
21 de março de 2014 em Manicômio Série


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