Estamos na reta final da temporada e tivemos mais um episódio de duas vias, aquele caso procedural que culmina com fatos importantes para a trama principal. No início somos levados a pensar que os plots serão desenvolvidos paralelamente, o Team Machine e sua luta para proteger os pobres inocentes mortais, e a Root e sua missão de perseguir a Décima e impedir a montagem do Samaritano. Mas não é bem isso que acontece já que a Superusuária abre e fecha o episódio apenas fazendo a junção dos plots.
O caso da semana, bem clichê por sinal, abordou o tema super batido mas muito temido pelo Tio Sam – o terrorismo. O CPF da engenheira Maria Martinez foi expelido pela Machine e todas as evidências iniciais indicavam envolvimento terrorista. Não vou entrar em detalhes para não entediar ninguém, nem a mim mesma, apenas dizer que não tinha nada de terrorismo, era um caso envolvendo ONU, corrupção, diplomacia barata, influência política, Legião Estrangeira e romance clichê. Separar o casal Maria e Omar era preciso para que os planos não fossem descobertos.
O motivo para isso era a venda e roubo de vários geradores. Vou dizer que, quando se falou em geradores matei a charada na hora. O Samaritano precisava do chip superpoderoso que foi roubado semana passada e agora de muita energia para ser ligado e manter seu funcionamento. O envolvimento da Décima do impiedoso Sr. Greer estava tão na cara quanto todo o resto do episódio em questão.
Estamos tão acostumados com a alta qualidade dos episódios que, tramas como essa nos deixam com aquela sensação de que tem alguma coisa implícita, não tem jeito. Enquanto o plot principal não traz aquela fascinação toda, os roteiristas não nos deixam perder o interesse mantendo um ritmo acelerado e contínuo a fim de garantir a curiosidade em saber o que vem depois e qual a ligação de tudo no final.
Fiquei feliz e acredito que não aconteceu só comigo, em perceber o alívio dramático da série. Depois da morte da Carter nós acompanhamos o Team lutando para se reerguer psicologicamente e proteger os casos irrelevantes expelidos pela Machine mas esse último episódio trouxe de volta as pitadinhas de humor que a série tinha. Vimos novamente o Reese mais solto, mais a vontade. Nosso ‘Capitão América’, como foi chamado por Shaw, voltou a destilar suas doses de ironia em frases e gestos sutis, estava fazendo muita falta. Não posso deixar de mencionar o Fusco e a Shaw que são um show a parte. As cenas dos dois são sempre divertidas.
Enfim, o que valeu mesmo a pena foram os últimos momentos em que a Root rastreia o Sr Greer pelos corredores do metrô e o confronta. Depois de toda sua relação íntima com a Machine ela recebe o convite para se juntar a Décima em sua empreitada. Não aposto nessa junção, apenas na jogada. É fascinante acompanhar a Superusuária em sua empreitada, suas intervenções para ajudar o Finch são um presente, ela consegue as informações da Machine de forma direta já que a relação entre ela e Harold é impessoal e fria. O ciúme dele é discreto mas perceptível, uma delícia de se ver.
Clichê com bom desenvolvimento a gente aceita, claro, ainda mais servindo de ponte para os últimos momentos da temporada. Já estou preparando o coração porque sei que muita coisa vai ficar pendente para ter desdobramento na próxima. Estou apostando no Samaritano. Acho que este será o bicho papão do Team Machine. E você, o que acha?
Obs.:
* Reese pulando da janela foi muito legal e melhor ainda foi a expressão que ele faz depois de: Que foi?! Rs
* Na cena da Root com o Bear atras do Sr. Greer eu temi pelo cachorro, tadinho. Já pensou se alguém resolve se livrar do farejador?
28 de março de 2014 em Manicômio Série
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