quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Dexter | Review – 8×03: “What’s Eating Dexter Morgan?”

Dexter-8x03“Você é exatamente o que tem que ser” são as palavras de Dr. Vogel, palavras que resumem, de certa forma, todo este episódio.
Os acontecimentos decorrentes começam com o Sussman, suspeito descartado de ser o serial killer procurado e que Dexter viu morto pendurado por um gancho em sua cabana de caça, sendo encontrado pela polícia. Mas a surpresa veio quando Dexter chega ao local e tudo indica suicídio por arma de fogo. Sussman teria colocado a arma na boca e puxado o gatilho. Dexter sabe que ele não morreu assim, Dr. Vogel e o assassino neurocirurgião também. Essa montagem de cena foi só para despistar a polícia de Miami, e assim o caso do serial killer neurocirurgião seja encerrado.
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Logo em seguida Dr. Vogel recebe duas caixinhas, presentes exóticos. Em uma tem um cartão escrito – Hers (para ela) e na outra – His (para ele). Dentro estão partes humanas em conserva, pedaços do cérebro responsáveis pela visão. O Hers e His são uma referência à parceria montada entre Dr. Vogel e Dexter na procura do serial killer neurocirurgião. Ele sabe que Dr. Vogel tem um parceiro em sua caçada e está fazendo contato.
Temos, mais uma vez, um diálogo filosófico e informativo entre Dexter e Dr. Vogel. Ela relembra que a primeira regra do código é “Não seja pego”. Se Deb descobriu tudo sobre ele, ela é um risco, então, por que ele não a matou? Ou melhor: Por que ele não desejou matá-la? Por amor. Como assim amor? Psicopatas não amam. Dexter não ama. Ele descobre, assim como nós, que ele apenas aprecia tudo o que ela faz por ele, admiração, cuidado, conselhos, favores e até diversão. O amor altruísta é impossível aos psicopatas. Dexter não digere essa informação de cara. Atrevo-me a dizer, mais uma vez, que Dr. Vogel manipula as informações para obter resultados predeterminados por ela. A cena me passou a ideia de que ela quer convencer Dexter que ele precisa retomar o rumo de psicopata metódico, frio e assassino, é assim que ele é perfeito e isso é lindo.
Dexter encontra um novo suspeito, Ron Galuzzo. Um cara que foi paciente de Dr. Vogel e conseguiu enganá-la por um tempo, mas acabou preso num instituição por causa do diagnóstico reconsiderado dela. Este logo é descartado após uma visitinha de Dexter a sua casa. Uma bagunça só, menos na cozinha. O cara é um Hannibal da vida, escolhe suas vítimas pra comê-las. Eu hein. Sua geladeira é bem organizada, com pedaços humanos em reservatórios. Uma coisa linda de se ver, só que não!
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A Jennifer Carpenter deu show neste episódio. Entre a decadência e a saudade da vida certinha na polícia ela interpreta com maestria a pessoa cheia de culpa que acabou de descobrir valiosas lições de vida. “As pessoas se acostumam a viver em negação. É apenas mais fácil”. As engrenagens do cérebro de Deb começam a funcionar de forma assustadora e ela entra bêbada, trôpega na delegacia e assim se dá o auge de Dexter 08×03 sem o Dexter. Ela vomita em Quinn a confissão do assassinato de LaGerta. O Quinn ouve atônito a confissão perturbadora que, pode até parecer stress pós-traumático ou síndrome do sobrevivente, como Dr. Vogel explicou, mas tenho minhas desconfianças que ele vai sim ficar com a pulguinha atrás da orelha. Lembrando também que o papel onde ela escreveu o que se lembrava da noite da morte de LaGuerta ficou na delegacia.
Dexter prova, mais uma vez, que seu amor é egoísta, quando a tira de lá sob o efeito daquela injeçãozinha mágica que ele aplica em suas vítimas. Rápido, preciso e profissional porque ele é exatamente o que tem que ser, o psicopata perfeito.
Ps – Não vou negar que foi de encher os olhos ver Dexter de avental, luvas, plástico por todos os lados e um ‘em plastificado’ na mesa. Deu saudades.
16 de julho de 2013 em Manicômio Séries


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