
Após seis meses da morte de Maria LaGuerta (Lauren Velez), ao som de What A Wanderful World (Louis Armstrong), encontramos Dexter desfrutando da paz que a muito tempo procurava relembrando que todos os seus problemas se foram junto com ela. Quase todos. Ele não vê Deb, sua irmã, e nem fala com ela a 2 meses. Debra largou a Miami Metro Police e agora trabalha no setor privado, uma firma de detetive particular, sedenta por emoção, com um vício em adrenalina, pegando casos rasos de rastreamento e captura. Está doidinha de pedra e o reencontro não é dos mais amistosos. Dexter percebe que sua irmã mudou drasticamente ao se envolver de forma íntima com Andrew Briggs ( Rhys Coiro), o cara que deveria ser seu trabalho (achei meio mixuruca essa historinha, mas tá valendo).
Enquanto isso, um corpo aparece com um único tiro no peito. A estranheza do assassinato vem com o fato de que Robert Bailey teve seu crânio cortado e um pedaço de seu cérebro, aquele responsável pelas emoções, removido por um boleador de melões. Só eu, ou mais alguém lembrou de cara do Sylar (Zachary Quinto) na primeira temporada de Heroes? Pois bem, para ajudar neste caso o departamento recebe uma nova personalidade, ela é a Dr. Evelyn Vogel (Charlotte Rampling) neuropsiquiatra, especialista em perfis de psicopatas. Claramente se cria um clima tenso onde Dexter e Dr. Vogel tornam-se objetos de estudo um do outro.
Descobrimos que a Dr. Vogel sabe de alguma coisa sobre Dexter Morgan ao trazer logo de imediato, numa conversa privada, o modus operantis do BHB (Bay Harbor Butcher) reafirmando os traços de psicopatia deixados e questionando os sentimentos de Doakes (Erik King). Se ele possuía sentimentos logo não seria um psicopata.
O ponto alto deste episódio se dá quando Dexter descobre que Debra corre perigo e tenta avisá-la. Após uma discussão, Dexter acaba esfaqueado e matando Briggs e Debra manda-o desaparecer dizendo que não é ela que está perdida e sim ele. Interessante notar resquícios de sentimentos nas atitudes e expressões de Dexter, o que não eram sabiamente retratados anteriormente, a meu ver, o ponto negativo de toda essa jornada de 7 temporadas.
E para encerrar o episódio temos uma insinuação bombástica.
Dexter está ‘em conflito’. Sua conversa taxativa com Deb mexeu com seus pensamentos e abalou suas estruturas tirando-lhe a confiança. Então, em dado momento, ele está no banco LaGuerta, um memorial feito pelo departamento para homenageá-la, quando Dr. Vogel se aproxima e entrega um envelope para Dexter. Neste envelope estão alguns desenhos que ele fez quando era criança, provavelmente enquanto Harry Morgan (James Remar) ainda estava tentando descobrir como criar seu filho. Desenhos que demonstravam a verdadeira natureza de Dexter. Aparentemente Dr. Vogel juntou-se a Harry e o ajudou a desenvolver o código seguido por Dexter.
Foi um bom episódio. Ele conseguiu prender a atenção do início ao fim e jogou as cartas na mesa, sem enrolação. É Dexter em contagem regressiva. Do conflito de Debra, a apresentação de Dr. Vogel, e até a inclusão do novo serial killer misterioso cortador de cérebros, esse episódio cheio de gás satisfez essa fã de Dexter que espera ansiosa pelo próximo capítulo.
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3 de julho de 2013 em Manicômio Séries
(Os vários textos publicados hj e amanhã fazem parte do site Manicômio Séries que será extinto, por isso estou salvando-os aqui no blog :D )
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