As coisas não são tão óbvias assim, e pela primeira vez, nesta temporada, me vi dizendo: Como assim? Eu perdi alguma coisa? Preciso rever os episódios passados para achar o que deixei passar. Foi realmente surpreendente ver o retorno do neurocirurgião e a morte discretíssima de Zach. Bem que eu achei a resolução do caso do neurocirurgião rápido demais e sem qualquer brilho, sem graça. Agora sim, vemos que é um assassino psicopata muito inteligente e manipulador que sabe a hora certa de aparecer e sumir sem deixar vestígios. Um verdadeiro desafio para Dexter.
Algumas pessoas, inclusive eu, não acreditavam que a ‘catequização’ de Zach fosse dar certo. Até o episódio passado ele tinha se mostrado um adolescente chato, impulsivo, sem controle que matou a vizinha Cassie. Eu até imaginei ele sendo o executor de Dexter. Mas, como eu disse, as coisas não são tão óbvias assim, e no episódio desta semana o Zach se mostrou um bom aprendiz, que não saiu da linha, dando um certo Up que estava faltando a série, pena que não durou muito – o Zach, porque sua morte trouxe de volta a série o mistério da temporada, aquele que deve ser o maior desafio de Dexter. Os roteiristas tem que ser muito bons para achar desafio maior do que matar o próprio irmão – aka primeira temporada.
Na cena mais interessante do episódio vemos que, de alguma forma, Dexter encontrou a mentora de seu código, uma espécie de mãe espiritual; um aprendiz com as mesmas tendências que ele, um filho espiritual e a ex-namorada que o faz ‘sentir’ alguma coisa, e “Are We There Yet?” conseguiu colocar todos em uma mesa juntos para jantar como uma família ‘normal’ e, claro, sem máscaras, conversarem sobre o que eles têm em comum – casos de assassinatos por psicopatas. Não é cute?
Dexter se convenceu rápido demais de que não foi o Zach que realmente matou a Cassie (ele tinha provas, o sangue do guri estava nas unhas dela), mas enfim, depois de ver o empenho dele em caçar direitinho o outro adolescente assassino e provar que estava tentando fazer as coisas certinhas, do jeito de Dexter, resolvi dar uma chance ao garoto, até gostei dele, e tinha começado a imaginar como seria o fim da série com Dexter e Zach, aí ele aparece com o cérebro de fora no apartamento de Dexter. Mas que maldade hein…
Melhor episódio da temporada até agora, mesmo com o ritmo lento, o melodraminha de Hannah e Dexter e o sentimento incompreensível (para mim) entre eles, como também a inanição do elenco de apoio. Deste eu já desisti faz um tempinho.
Obs
* Desconfio do namorado da Cassie. Ele pode muito bem ser um doido varrido que se aproximou da vizinha de Dexter e ter planejado tudo isso direitinho.
* A cena quentíssima entre Michael C. Hall e Yvonne Strahovski deixou as fãs boquiabertas com a boa forma do C. Hall. A Yvonne não mostrou nadinha para a decepção dos caras.
* O que o Quinn vai fazer quando não achar sua obsessão (Zach) em lugar nenhum? Vai sobrar pra quem?
* Deb querendo voltar para a polícia? Quem diria. Não tem mais peso algum na consciência. Bom ou ruim?
21 de agosto de 2013 em Manicômio Séries
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