quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Hobbit - Uma Jornada Inesperada


Com um medo danado de me tornar plagiadora e repetitiva, aqui está: O Hobbit, Uma Jornada Inesperada. Minha indigna crítica a uma obra imensa, épica, magnífica, quase perfeita... Inexplicável.  

Sinopse

A produção, baseada no livro de J. R. R. Tolkien, The Hobbit, conta a primeira de três partes da aventura vivida por Bilbo Baggins, um hobbit que acompanha 13 anões de volta ao Reino de Erebor, sua terra conquistada a muito tempo pelo dragão Smaug. Introduzido na aventura pelo mago Gandalf, o Cinza, Bilbo e os anões, liderados pelo lendário Thorin Escudo-de-Carvalho atravessam terras sombrias, lugares traiçoeiros infestados por seres funestos como Orcs, Wargs e Ogros. Em certo momento da empreitada, os viajantes se vêem emboscados por uma raça pequena de Orcs, é onde Bilbo consegue se safar sozinho e dá de cara com Smeagol, vulgo Gollum, nas margens de um lago subterrâneo e se apodera do anel ‘precioso’. Num jogo de adivinhações, Bilbo põe em prática sua profunda astúcia e coragem, que surpreende até mesmo a ele, como também descobre as qualidades úteis do anel. Um anel de ouro, a muito tempo esquecido, que está ligado ao destino de toda a Terra-Média, de uma maneira que nem Bilbo nem ninguém poderia imaginar.

Geral

A trilogia “O Hobbit” tem tudo para ser mais uma prova viva de saga inteligente.  A primeira parte da trilogia, O Hobbit – Uma Jornada Inesperada; agrada os fãs de Tolkien e os que não são também. Tem um respeito imenso pelos personagens e trata com minucioso carinho elementos importantes do livro, como as canções.

A narrativa se inicia quase que no mesmo instante que O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel; com Bilbo (Ian Holm) e Frodo (Elijah Wood) às vésperas da festa de aniversário do primeiro. A pequena sequência é muito importante para a plateia ser inserida no universo da Terra-Média. Neste momento, quem não é familiarizado com o livro recebe de cara a informação de que estamos de volta à Terra Média.

Todos são conduzidos a um retrocesso no tempo de 60 anos e lá está Martin Freeman na pele do jovem Bilbo. Ele vive pacatamente no Contado e tem sua  rotina atropelada após a visita de Gandalf, o Cinza (Ian McKellen). Após um jantar pra lá de tumultuado, o pequeno hobbit acaba em uma jornada ao lado do mago e de nada menos que 13 anões: Bofur, Ori, Kili, Fili, Dwalin, Oin, Bombur, Dori, Gloin, Balin, Nori, Bifur e, é claro, Thorin, Escudo-de-Carvalho. 

Os anões são um dos destaques. É impressionante o cuidado minucioso em caracterizar cada personagem do livro em detalhes individualmente interessantes, cada um com sua função e com uma personalidade diferente. O mérito para tanto deve ser dividido entre os atores e a equipe de produção, afinal o figurino e a maquiagem foram fundamentais. Detalhe que em comparação com os Orcs, bem produzidos também, vemos nitidamente que os anões são distintos já os Orcs são feitos similarmente para darem a impressão de massa, tendo como diferentes apenas os chefes, como destaque.

Peter Jackson, mais uma vez, dirige cenas de ação de maneira tão perfeccionista, com uma minuciosidade tão precisa que fica a dúvida se ele é mesmo apenas um simples diretor... Dizem que se J. R. R. Tolkien estivesse vivo, sem dúvida, abraçaria  as duas adaptações de Peter Jackson.

A trilha sonora é espetacular! É incrível como a melodia da canção dos anões fica gravada na mente após a sessão. O compositor Howard Shore também não dispensa referência aos anteriores. Tocando a música tema de “O Senhor dos Anéis” de fundo em vários momentos, e até mesmo em plano superior. O clima é o mesmo, o ritmo é o mesmo, os arranjos usados são praticamente os mesmos... É incrível!

A fotografia dispensa comentários. Se a 10 anos atrás já eram espetaculares, imagina agora, com tudo que a tecnologia 3D pode oferecer! No site Omelete, Érico Borgo nos dá uma clara descrição da tecnologia usada na produção;



"Peter Jackson completa seu retorno à Terra-média com uma novidade tecnológica: os 48 quadros por segundo (desde a aurora do cinema, 24 quadros, metade da novidade, bastavam para que o cérebro humano registrasse as imagens em movimento). O resultado do dobro de informação, toda ela em alta definição e registrada em 3D pelas novíssimas câmeras Red Epic, é hipnótico e um tanto perturbador de tão perfeito. O Hobbit é quase hiper-realista nessa versão.
Basicamente, depois de alguma estranheza inicial (eu demorei uns bons minutos para parar de achar que tudo estava andando em câmera acelerada) e um ou outro momento de certa (pouca) vertigem, a definição cristalina empolga de verdade. É tudo tão irretocável - e dificil de explicar - que você se surpreende parando de prestar atenção no todo para encarar detalhes, como a textura de uma caneca, ou a forma como a água cai em uma cachoeira. É coisa de hobbit chapado depois de umas boas tragadas de Folha de Longbottom em seus cachimbos.
A clareza de imagem e movimento é tamanha que diversas vezes senti-me de certa forma - por mais bizarro que possa parecer - "invadindo" o espaço dos personagens durante os close-ups. Dá pra ver cada poro e nuance de movimento, cada fio de barba, cabelo ou fibra da roupa. É realmente impressionante, talvez até demais. O cinema, em seu mais de século de existência, sempre usufruiu de uma "aura" mágica estabelecida pela película e que aos poucos vem sendo quebrada pelos formatos digitais. Peter Jackson renega essa aura e dá um novo sentido a ela, entregando ao espectador uma visão em primeira pessoa não de fora da tela, mas dentro dela. Bem-vindo à Terra-média - e ao futuro do cinema." (http://omelete.uol.com.br/hobbit/cinema/o-hobbit-uma-jornada-inesperada-critica/)


Martin Freeman foi uma ótima escolha; bem parecido fisicamente com o velho Bilbo, ele mescla a esperteza dos Hobbits e seus trejeitos. Freeman foi um Hobbit perfeito. É inegável que é Martin Freeman que rouba a cena. Conhecido pela atuação em O Guia Do Mochileiro Das Galáxias o ator brilha como Bilbo, passando bem as dúvidas e angústias do personagem.

Quem também se saiu bem foi o  Richard Armitage como Thorin, um anão que se torna gigante pela sobrecarga emocional e espírito de liderança que carrega. O ator ainda ostenta um sotaque inglês digno de um lorde deixando seu personagem simplesmente imponente.
O restante do elenco dos anões é bem divertido!







Outro retorno pra lá de especial é o de Andy Serkis como Gollum. A captura de movimentos e, principalmente, de expressões faciais está ainda mais impressionante que a 10 anos atras. O personagem surge rapidamente, mas logo desperta o interesse e, até mesmo, o carinho por parte do espectador. 



Ian McKellen já do conhecimento de todos, e claro, bom ator como ele é, não perde sua essência como Gandalf. Nunca perderá!







Impressão

Primeiro o desabafo - Moro em uma cidade estranha. Quer ser grande metrópole, mas tem comportamento de vila entocada, daquelas bem desprivilegiadas, que sofre com o descaso do governo com relação à saúde e educação. Explico: a maioria da população (quase 300.000 habitantes votantes) tem problemas com os filmes legendados. O problema de DDA é grave, já que não conseguem ler a legenda e ver o filme ao mesmo tempo! Por causa desse problema ridículo essa produção épica e magnífica ficou em cartaz (cópia com áudio original – legendada) apenas UMA SEMANA, isso mesmo, UMA SEMANA! Quando fui procurar ver o filme mais uma vez pra captar detalhes perdidos na primeira vez, descobri que só tinha dublado, sem o 3D e em horários completamente inconvenientes! Assisti assim mesmo a cópia sem o 3D e desgraçadamente dublada. Uma derrota...

(Desculpa aí pessoal, mas minha indignação é tamanha que precisava ser exposta!)

Mas... vamos ao que interessa.

O início do filme nos trás de volta Froddo e toda a sua doçura, relembrando que já estivemos nas tocas de portas redondas do Condado. É uma nostalgia morna e gostosa como a brisa que embala as folhas do jardim de Bilbo (Em 3D é mais fácil ainda de sentir essas coisas kkk). Eu li o livro, e me impressionei com a cautela da produção minuciosa do filme, tudo muito similar à trilogia de O Senhor dos Anéis. O filme não cansa de lançar referências a saga anterior, personagens, artefatos, símbolos e detalhes que se encaixam de maneira esplendorosa, coisas de Tolkien e sua incrível inteligência e Jackson com seu perfeccionismo que nos é um presente dos deuses.


A duração do filme pode até ser um probleminha, algumas cenas esticadas, explicativas e muito detalhadas causam um certo tédio em algumas pessoas na plateia (lembro que 2 pessoas deixaram o filme na metade e eu gritei : QUEIMEM HEREGES, NO FOGO DA MONTANHA DA PERDIÇÃO DE MORDOR!! Enquanto meus amigos riam rsrsrs) mas, aqui pra nós, quem é que não se delicia em 169 minutos de aventura Tolkieana pela Terra-Média conduzida pelo mago Peter Jackson?


O que posso dizer? Espetacular, ousado, grandioso! De longe melhor filme do ANO! Peter Jackson comprovando sua competência mais uma vez nessa adaptação fantástica da obra de Tolkien, coisa não muito fácil! Realmente uma produção cinematográfica épica, pra ficar, mais uma vez na história!




Fontes:




segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal


"A melhor mensagens de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida."

Feliz Natal à todos os amigos filme-serie-maníacos! Que 2013 venha repleto de novidades!


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Never Let Me Go

Revendo os episódios de Beauty And The Beast em HD, me deparei com a belíssima trilha sonora escolhida. Essa música, em particular, me chamou a atenção, muito linda !!



Never Let Me Go

Looking up from underneath
Fractured moonlight on the sea
Reflections still look the same to me
As before I went under

And it's peaceful in the deep
Cathedral where you cannot breathe
No need to pray, no need to speak
Now I am under

And it's breaking over me
A thousand miles onto the sea bed
I found the place to rest my head

Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go

And the arms of the ocean are carrying me
And all this devotion was rushing over me
And the crushes of heaven, for a sinner like me
But the arms of the ocean delivered me

Though the pressure's hard to take
It's the only way I can escape
It seems a heavy choice to make
But now I am under all

And it's breaking over me
A thousand miles onto the sea bed
I found the place to rest my head

Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go

And the arms of the ocean are carrying me
And all this devotion was rushing over me
And the crushes of heaven, for a sinner like me
But the arms of the ocean delivered me

And it's over
And I'm goin' under
But I'm not givin' up
I'm just givin' in

Oh, slipping underneath
Oh, so cold but so sweet

In the arms of the ocean, so sweet and so cold
And all this devotion, well, I never knew it all
And the crushes of heaven, for a sinner released
But the arms of the ocean delivered me

Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go

Delivered me

Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go

Delivered me

Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go

And it's over
And I'm goin' under
But I'm not givin' up
I'm just givin' in

Oh, slipping underneath
Oh, so cold but so sweet.




quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Tudo Junto e Misturado

Ando meio sem inspiração pra escrever apesar de ter visto ótimos episódios esses dias, outros nem tanto... Algumas séries conseguem manter o nível e deixam o público cada vez mais curioso e viciado como a excelente e horripilante The Walking Dead


Após uma segunda temporada 'meia boca', estilo novela mexicana com triangulo amoroso e tudo, essa terceira temporada veio para fazê-la ressurgir das cinzas, ou melhor, do apocalipse zumbi. Com ótimas cenas de extermínio e uma trama sem piedade, ela vem traçando seu percurso de história em quadrinhos relida e reformulada, de uma forma bem bacana, com o acréscimo de personagens e uma rotatividade de núcleos que faz com que o público cogite em que ponto eles se encontrarão e como vai ser daí pra frente.


Arrow, meu xodó dessa temporada de séries vem mantendo um ritmo estável. Como uma série de um herói das HQs, ela traz uma sequência de episódios explicativos mas nem tanto onde a curiosidade é aguçada e a sede por aventura e justiça (ou vingança, coisas bem diferentes que se misturam com muita facilidade nessa série) é saciada pelas cenas de ação onde o Green Arrow (Stephen Amell) expõe suas habilidades como arqueiro, saltador, lutador, escalador e adepto do le parkour, muito legal. Teremos nos próximos episódios (sem previsão ainda) a volta do exterminador. antes ele apareceu com sua máscara e não tinha um rosto conhecido por trás. Mas agora ele ganha vida. Será interpretado pelo ator Manu Bennett, o Crixus de Spartacus. Segundo o site EW, ele viverá o Slade Wilson, aliado de Oliver Queen na ilha, mas que posteriormente se transforma no Deathstroke (exterminador). O ex-coronel sofre um experimento científico nos quadrinhos, que lhe permite usar 90% do cérebro e se torna uma máquina de matar. E ainda  teremos mais um vilão introduzido na história. Vamos esperar para conferir.


The Vampire Diaries finalmente apresenta ao público lôko e viciado, o casal tão esperado e pedido DELENA. Com duas temporadas de muita enrolação, os teens podem apreciar a beldade do bad guy Damon Salvatore (Ian Somerhalder) e sua amada vampira recém-criada Elena Gilbert (Nina Dobrev) darem vida ao amor selvagem que escondiam todo esse tempo... Pobre Stefan Salvatore (Paul Wesley), irmão bonzinho mas nem tanto que anda fazendo muita besteira.... Mas o que eu gostei mesmo foi do Jeremy Gilbert (Steven R. McQueen) caçador impiedoso que teve coragem de enfiar uma estaca no pescoço da irmã! Muito bom!


Dexter, o amado e mais famoso serial killer apresenta uma temporada cheia de altos e baixos. Temos um Isaak que transpira testosterona, assassino frio, mas que não passa de um gay ressentido que perde as estribeiras por vingança. Meio forçado, mas nem tanto quanto a paixonite de Debra e pior, a paixonite do próprio Dexter pela loira do 'Chuck' que acha que está 'amando'! Deixa pra lá. O ponto alto está na reviravolta da trama onde Dexter e Isaak, caçador e caçador, acabam trabalhando juntos, isso foi realmente muito legal. É uma série que não tem medo de correr riscos, colecionando uma grande sucessão de acertos e quando comete erros, corta-os rapidamente em 'pedaços'  e os joga no mar.


American Horror Story, para mim, perdeu o rumo e o sentido da coisa. Depois de um a temporada fascinante  como foi a primeira, a inovação da ida dos atores a um manicômio, sem seus personagens, com novas histórias e novos personagens para serem desenvolvidos é uma boa sacada, com um potencial enorme que não vem sendo devidamente aproveitado. Como é que a produção junta aquele elenco fantástico, num cenário horripilante de um manicômio, nos primórdios de 1900 e não consegue fazer o bonde andar? Decepcionante. 


Digo o mesmo de 666 Park Avenue. Não dá nem pra comentar como uma série de um episódio piloto tão bom consegue descer na própria escada espiral que leva sei lá pra onde e não consegue instigar a curiosidade de descobrir. Pelo menos a minha.


Beauty And The Beast deu uma melhorada. Claro que as coisas ainda podem ficar muito melhores, mas o último episódio que vi fechou com saldo positivo na minha opinião. Um romance morno entre a policial Cat (Kreuk) e a fera Vincent (Ray) que sustenta (até quando??) a série. Aí onde está o erro que os produtores insistem em repetir. A enfase no romance está toda errada. Os casos policiais que trazem boas sacadas até empolgam, mas quando desvendados, às vezes absurdamente no mesmo dia, decepcionam o público pelo desenvolvimento medíocre. Pelo visto conduzir de forma interessante os dois lados não é tarefa tão fácil. 

Outras séries que estão em temporada aberta e que mantém minha opinião de que são legais e apresentaram bons episódios justificando o meu vício (até que se tornem enfadonhas) são: Grimm, Supernatural, Person Of Innterest, The Big Bang Theory e  Last Resort, série recém lançada muito boa.




quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Angus T. Jones - Um 'Conto' de Liberdade!



“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-la.” 
Françoise Voltaire



Era uma vez um garotinho que, sem querer, ficou famoso. Hollywood, de repente, era o lugar que podia chamar de “casa”. Talentoso, não demorou muito para ganhar dinheiro com a fama, e não havia nada ao alcance de sua imaginação que não pudesse alcançar com as mãos. Seus pezinhos logo se acostumaram aos tapetes vermelhos e ao glamour das luxuosas festas das celebridades.


O tempo passou e o garotinho cresceu. Os aplausos e as dezenas de guitarras empoeiradas no quarto não mais preenchiam seu tempo e seu coração. Em casa, seus pais viviam um inferno, e tudo o que ele queira era ficar longe de lá. Tornou-se amigo do álcool. Depois do tabaco. Maconha. E, por fim, cocaína. Na rua, o menino prodígio do show business não era mais reconhecido pelas pessoas. E quando era, preferia que fosse invisível. Percebia a repulsa naqueles olhares, e quase podia ler seus pensamentos: “Como ele chegou a esse ponto?”

Seu nome? Macaulay Culkin. Mas, com as devidas adaptações, esta poderia ser a história de Lindsay (Lohan)Amy (Winehouse), Britney (Spears), Heath (Ledger), Haley (Joel Osment), e tantos outros jovens talentos que não sobreviveram à televisão ou ao cinema.

Acontece que, entre tantos roteiros trágicos e previsíveis, um ator “atrevido”, aos 19 anos, abandonou os scripts tradicionais e resolveu criar seu próprio texto. Antevendo o que o destino lhe reservava, decidiu mudar a rota do show. “Ficou louco! Está sendo manipulado por uma igreja em busca de sua fortuna!”, é o que estão dizendo dele por aí. “Porque, certo mesmo, seria acabar-se como todos os seus iguais e morrer jovem, só para deixar um breve registro biográfico na Wikipedia, que, daqui a alguns dias, ninguém vai ler”, é o que eu vejo nas entrelinhas desse discurso dos “livres da religião”.



É engraçado como a provável (ou possível?) saída de Angus T. Jones do seriado “Two and a Half Men”, motivada por sua crença religiosa, cause tanta polêmica. Mas não faz mais de dois anos que o protagonista da série, o ator veterano Charlie Sheen, notório dependente químico, deixou o programa (inspirado e idealizado nele, diga-se de passagem) em virtude de problemas decorrentes do abuso de álcool, drogas e prostituição. Se Angus deixasse o seriado em circunstâncias semelhantes às de seu colega de trabalho, será que o público aceitaria a decisão com uma atitude menos agressiva? Seria mais aceitável o fim de uma carreira hollywoodiana em virtude da cocaína, em lugar da Bíblia?


A decisão de Jones, para os mais desavisados, pode parecer ilógica ou irracional, mas um olhar mais atento sobre o vídeo em que ele conta seu testemunho será capaz de revelar que sua longa busca espiritual (ele costumava ir a três ou quatro cultos por domingo), à procura de um lugar que preenchesse o vazio em sua alma – que nem a maconha, que ele admite ter usado, foi capaz de suprir – só terminou quando ele entrou em uma igreja Adventista do Sétimo Dia.

Ali, diferentemente do que muitos pensam (talvez por ignorância e desinformação), não houve interesse pela fortuna de Angus. Essa igreja não precisa do dinheiro de seus crentes. Ela já existe há mais de cem anos e se tornou a religião cristã que mais cresce no mundo em número de membros, sem o dízimo de nenhum milionário. Nenhum pastor adventista tornou-se mais rico ou pôde trocar de carro simplesmente porque o “Jake” de “Two and a Half Men” agora faz parte da comunidade. Na verdade, e para ser bem sincera, o único proveito que essa igreja poderá usufruir com a confissão espiritual desse ator é a influência que ele poderá exercer (e já está fazendo) sobre pessoas a quem a maioria de nós nunca teria acesso. A repercussão do discurso desse garoto e a coragem que ele teve de colocar em risco sua carreira e reputação valem muito mais do que seus milhares de dólares.

Por falar nisso, é interessante perceber que a mãe dele esteja, agora, preocupada com a possibilidade de Angus ser explorado por essa igreja. Afinal, utilizar o talento de uma criança a partir dos quatro anos de idade, submetendo-o ao estresse do ritmo da televisão, tolhendo-lhe a infância, a fim de fazer fortuna, não é exploração?

Ao analisar todos esses fatos, percebo como é espantoso o poder do preconceito. A sociedade impõe mudanças culturais e sociais todos os dias, e nos dá, como única opção, aceitá-las, sob o pretexto do fim da discriminação e da afirmação do direito inerente a todos os seres humanos, de exercer livremente suas escolhas, sem ser incomodado ou questionado quanto a elas. Ocorre que, no tocante ao direito à liberdade de crença, não se opera a mesma lógica. Opor-se ao senso comum e acreditar no sobrenatural, esperar pela restauração deste planeta e crer que a esperança para o futuro encontra-se tão somente no homem-Deus Jesus Cristo e na morte dEle na cruz, é ser alienado, “fraco”, manipulado, ou vítima de uma “lavagem cerebral”.

Portanto, se é para ser assim, muito prazer, meu nome é Loucura!

“Porque a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte do que a força do homem” (1Co 1:25).



(Texto de Bruna Mateus Rabelo dos Reis. Advogada especialista em Direito Civil, bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás; extraído do blog www.criacionismo.com.br)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Amanhecer Parte 2



Até que enfim foi lançado o último e tão esperado filme da Saga Crepúsculo. No dia do lançamento eu estava em Aracaju com uma galera de excursão. Desde antes da partida, já havíamos combinado de ver Amanhecer Parte 2 no cinema em Aracaju (que povo mais besta né? Ao invés de aproveitar a cidade, passar uma tarde inteira dentro de um shopping pra ver um filme...). Pois bem, não foi isso que aconteceu. As filas nas bilheterias eram colossais, os fãs em polvorosa, discutiam coisas do livro e até se vestiam como os personagens da trama. Desistimos. Mesmo assim passamos a tarde toda no shopping!! Rsrsrss. Fui assistir o filme na Segunda, já na minha cidadezinha quente de matar, na primeira sessão que achei, procurando o porquê de tanta crítica ruim... E achei.

Sinopse

A Saga é baseada nos livros de Stephenie Meyer e conta a história de uma mortal, Isabella Swan (Kristen Stewart), que se apaixona por um vampiro, Edward Cullen (Robert Pattinson) vivendo um amor proibido e cheio de complicações, ainda mais quando ela descobre que seu melhor amigo, Jacob (Taylor Lautner), é um lobo, inimigo natural dos vampiros, e também está apaixonado por ela.

Amanhecer Parte 2 começa com Bella já transformada em uma imortal, conversando com Edward, tentando entender o que aconteceu e querendo ver sua filha Resesmee (Mackenzie Foy), descobrindo também que Jacob teve um imprinting com a pequena Ness.

Com sede de vingança, Irina (Maggie Graace), namorada do vampiro morto Laurentt, denuncia is Cullen aos Volturi, alegando que Renesmee é uma criança imortal, o que implica numa ameaça imensurável a todas as espécies. Os Cullen passam os dias tentando juntar testemunhas para o confronto inevitável com os Volturi, a fim de que estes ouçam e percebam que Renesmee é uma criança híbrida mortal antes da batalha. 

O dia do confronto entre os Volturi e os Cullen apoiados pelos lobos que o fazem pelo tal imprinting que Jacob tem com Renesmee e por suas testemunhas chega e apresenta consequências gigantescas.

Geral


Diferente do que foi visto em Amanhecer Parte 1, a atuação de Kristen Stewart não foi nada boa, ela não consegue ser expressiva e não é a Bella que vemos nos livros. Isso dá espaço aos atores secundários que roubam literalmente a cena. Um bando de vampiros x-man que juntos se tornam uma trupe digna do professor Xavier. Eu mesmo adorei o vamp-tempestade, que domina os elementos, aqueles olhos enormes ainda me intrigam... rsrssrss

O Robert Pattinson exibe a mesma cara de paisagem e vampiro gay (corno) que tem apresentado nos outros filmes, nada mudou nas expressões, mas os cabelos...

O Taylor é o Taylor. É o melhor ator do trio principal, que ainda por cima é um gato, ou é um cachorro?? Rsrsrss É nitidamente escancarado que 80% da plateia está lá para vê-lo, e os produtores do filme bem sabem disso, explorando sua imagem mais que perfeita várias vezes, dormindo, conversando, sem camisa, sorrindo, protegendo, sem camisa, de novo, e de novo, e de novo....


Alguns efeitos especiais são um lixo, como a bebê Renesmee que parece ter saído dos efeitos visuais de um filme dos anos 80; outros impressionam, principalmente na cena da batalha, onde lobos e vampiros misturam-se.

Com uma trilha sonora impecável, linda e bem editada, Carter Burwell soube como entrelaçar perfeitamente suas músicas às cenas, fechando com chave de ouro e deixando bem claro que é o THE BEST do filme.

Impressão

Antes de tudo, A TRILHA SONORA É PERFEITA!!!

Não me decepcionei porque já conhecia a desfecho sem graça do livro. Até gostei! Quem pensa que a franquia teria um final a La “Harry Potter” onde personagens que foram amados por sete anos tiveram um fim trágico mas foram honrados com o clã do mal sendo derrotado, perderam feio a viagem. Amanhecer Parte 2 só confirma a Saga Crepúsculo como um romance adolescente cheio de blá blá blá bem água com açúcar digno de uma diabetes. Os fãs teens ficaram muito satisfeitos, mas era bem óbvio, mesmo antes do lançamento, que não agradaria a todos.

Momentos de piadinhas, ou frases engraçadas não conseguem desviar a atenção de quem olha descrente pra aquele bebê virtual ridículo. Como os produtores fizeram uma atrocidade daquelas?! Não há explicação!

Minha tristeza maior foi ver a caracterização das vamps-x-man brasileiras como índias selvagens estranhíssimas, com cara de psicóticas e subdesenvolvidas, pareciam que nem sabiam falar. Coisa de idade das cavernas! Rendeu risadas da plateia e minha revolta, é claro.  

Depois de mais de uma hora de explicações, conversas e embromação, chega a cena do confronto. É o momento de se ajeitar em sua poltrona e ficar de olhos bem abertos, é dada a largada para a batalha final e a ação rola solta na telona. Mortes inesperadas e momentos de tirar o fôlego deixam todos boquiabertos e eletrizados com tais cenas. Dakota Fanning (Jane), como sempre, apesar da ínfima participação, rouba totalmente a cena e a plateia vibra, bate palma, grita, vai ao delírio simplesmente. É uma sensação espetacular.

Mas... (aqui vai o spoiler pra quem não viu a produção ainda e nem leu o livro) Sem guerras reais, os Volturi voltam para seu castelo, e os Cullen, para casa. Com um final bem decepcionante pra quem gosta de ver o pau quebrar DE VERDADE, romântico e clichê, o filme termina bem similar ao início de toda a estória, com Bella e Edward juntos, desta vez, da mesma espécie, trocando juras de amor por toda eternidade. Ainda bem que a franquia não é eterna!





Fontes: