terça-feira, 9 de outubro de 2012

Plano de Fuga

Depois de muita propaganda e recomendações dadas por Thiago Rodrigo, resolvi ver Plano de Fuga (2011), filme produzido e estrelado por Mel Gibson. Amoral e politicamente incorreto, Plano de Fuga traz de volta Mel Gibson como protagonista de um filme de ação cheio de humor ácido dentro de uma trama divertida.

Sinopse

O longa se inicia com uma perseguição da polícia a dois bandidos fantasiados de palhaços, com o carro cheio de sacolas com dinheiro roubado, na fronteira com o México. Quando são presos e um deles é morto, o motorista (Mel Gibson) é levado para uma prisão chamada de El Pueblito. Fazendo o que sabe de melhor, roubar, ele consegue sua estabilidade dentro da prisão onde arquiteta um plano para sair de lá, recuperar o dinheiro e escapar dos mafiosos de quem roubou.

Geral

O papel cai como uma luva em Mel Gibson o eterno Martin Riggs (Máquina Mortífera). De personalidade marcante e comportamento duvidoso, Mel Gibson tenta resgatar sua credibilidade cinematográfica nessa produção independente, aproveitando bem cada momento para expor suas características tão conhecidas pelos fãs de seus filmes.


Arrisco-me a dizer que, sem ele, isso tudo jamais funcionaria. Gibson faz questão de assumir todos os trejeitos que o tornaram mundialmente famoso. Interpreta um cara durão, um bandido inteligente, cínico, com respostas sarcásticas na ponta da língua, carismático que interage com uma mãe e seu filho órfão dentro da prisão, mostrando assim seu lado paternal e a plateia logo sente empatia por ele.

De forma interessante, o filme é narrado em off, criando a sensação de que um amigo está contando uma história de seu passado, deixando tudo muito mais emocional ao longo da história.

Gibson ainda tem ao seu favor a agilidade e boa forma evidenciadas nas cenas em que corre, atira, luta e ainda se mostra sedutor sem perder a pose, como também sem esconder os seus 56 anos. As imagens onde seu rosto é focalizado mostram bem suas rugas e a despreocupação em apresentá-lo de forma glamourosa.






Os atores que vivem a família, Kevin Hernandez e Dolores Heredia fazem um trabalho muito bom, principalmente Hernandez que estabelece uma boa química com Gibson, onde deixa de ser apenas o menino bonitinho, sofrido que precisa da figura de um pai e se torna um personagem forte, com coragem inquestionável.


Mas nem todos esses ingredientes estão bem homogeneizados na trama, e o resultado é um filme irregular com altos e baixos, extremamente compreensível pela inexperiência do diretor, o argentino Adrian Gruberg. Adrian já foi assistente de direção de cineastas famosos, mas como diretor, este é seu primeiro trabalho. Ponto positivo para a fotografia do filme, onde Adrian retrata um visual sujo com cores quentes, combinados com o ambiente corrompido, uma prisão mais parecida com uma favela do Rio de Janeiro, onde bandidos e famílias moram juntos. Existem pontos de comércio de todos os tipos, armas, tráfico, crianças, tudo. El Pueblito me fez lembrar da prisão panamenha retratada em Prison Break na terceira temporada, um lugar inaceitável, comandado por um chefão onde todos deviam cumprir suas ordens e conquistar seu espaço.

No meu mundinho, nunca me passou pela cabeça a possibilidade da existência de uma prisão assim, e quando descobri que a inspiração veio dos presídios brasileiros, isso me chocou mais ainda. Mas depois de Plano de Fuga, a prisão de Prison Break me pareceu o paraíso!
Por fim, apesar de a trama demonstrar certa inteligência, o confronto final envolvendo um transplante no meio da retomada da prisão pelo governo mexicano é absurdamente indigerível, e fica impossível não reconhecer um final previsível. Nada que faça a plateia se arrepender de ter assistido o filme.
Impressão
Mel Gibson é um cara durão, um grande profissional do cinema eternizado por duas grandes produções inesquecíveis; Mad Max e Máquina Mortífera. Em Plano de Fuga ele prova mais uma vez que ainda é um ótimo ator de filmes de ação e mantém sua cara de louco e seu jeito cínico. É inegável o seu merecimento de estar entre os monstros consagrados dos filmes de ação das produções de Stallone, Os Mercenários. Foi a primeira coisa que me veio a mente ao fim do filme. Só resta aos fãs torcerem para que, apesar de seus problemas pessoais, ele seja reconhecido e somado ao elenco de Os Mercenários 3! \o/




Fontes:


4 comentários:

  1. Sou suspeito pra falar...pq foi eu q indiquei :P, esse filme é muito massa, pq O mel Gibson é cara e tbm cara de pau, fica parecendo q é ele na vida real, mesmo pq ele tbm produziu, ai fica a dica kkkkkkkkkkkkk, muito massa o filme eu vi no cinema e baixei aki na net pra ver em casa de novo ^^

    ResponderExcluir
  2. De fato, o filme é um tanto irregular, mas me diverti de montão em vários momentos... e claro, tudo assegurado ainda mais pelo ultra carisma de Mel Gibson, que mesmo fazendo um tipo de durão, consegue transmitir uma amabilidade não sei da onde! kkkk

    PS: Vc esqueceu de mencionar a cena - e SURPREENDENTE - em que vemos Gibson imitar Clint Eastwood!!! =D

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade Marcel, que pecado! Gibson imitando o Eastwood é épico, hilário!!! kkkk
      Obg por comentar! :D

      Excluir