Depois de uma maratona com
os amigos dos três primeiros Atividade Paranormal no sábado a noite (20/10), eu
estava preparada para encarar o quarto filme da franquia esperando, no mínimo,
alguns sustos de arrepiar.
Sinopse

Geral
Atividade Paranormal 4 é um
filme dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost, os diretores de Atividade
Paranormal 3, e escrito por Zack Estrin. Temos aí o quarto filme de uma
franquia bem sucedida que ralou muito para ter a fama que carrega.
O primeiro filme, uma produção
independente, escrita e dirigida por Oren Peli foi lançado em 2007, mas só
conseguiu apoio e lançamento mundial quando Steven Spielberg assistiu, adorou e
bancou pela Dreamworks em 2009. Um filme que traz a mesma estética do found footage (imagens documentais
amadoras falsas, encontradas posteriormente interminadas de forma trágica) lembra
o grande “A Bruxa de Blair” e sua forma eficiente de causar medo. De forma
criativa, Atividade Paranormal era uma fonte pura de diversão fazendo o uso do
suspense contínuo onde pouco era mostrado e tudo induzido. Foi um sucesso
também nas bilheterias arrecadando quase 200 milhões de dólares em todo o mundo
contrastando com o orçamento baixíssimo de apenas 15 mil dólares. Mas aí começa
a maldição do filme. Sabe-se que o DVD do primeiro traz um fim alternativo onde
Katie sobe as escadas com a faca que ela usou ao matar Mikah, entra no quarto,
fecha a porta, se aproxima da câmera, dá aquele sorriso super sinistro e corta
a garganta! PERFEITO! Mas a mina de ouro
não podia ser fechada assim! Então se resolve fazer continuações do que não
necessitava de continuação.

A terceira produção, não
merece nem comentários...
E agora, temos o quarto
exemplar, dirigido pelos mesmos caras do terceiro... Bom... O filme se rende à
tecnologia de webcams e IPhones e adolescentes viciados em vídeochats para
serem os olhos que nos conduzem a todos os cômodos da casa. Com o desenrolar da
história o suspense é incontestavelmente crescente com os jogos de luzes e
sombras, o ambiente feito para assustar com muita informação visual e objetos
dúbios estrategicamente posicionados.
O mestre do suspense, Alfred
Hitchcock dizia que “não há nada mais
assustador que uma porta fechada” e não há dúvidas disso quando flagramos
nosso imaginário passeando pelo que se vê na tela e fazendo com o que não se vê
seja mais assustador ainda.
Impressão
Atividade Paranormal 4 não é o pior mas fica longe do choque causado pelo primeiro. Traz pouquíssimas
inovações, adolescentes pra lá de chatos (Alex e Ben), diálogos desnecessários,
explicações bestas, recursos batidos como o lustre que balança e a bola que
rola da escada, tomadas longas, muito longas de muito suspense e NENHUM SUSTO,
entre outros pontos negativos.
Mas temos pontos positivos também como o uso do
efeito das luzinhas verdes e as imagens cinéticas da sala de estar onde temos
as cenas mais interessantes do filme; interessantes, não as melhores! Explico:
por ser a inovação do filme, é justamente onde a plateia procura mais qualquer
coisa diferente, acha mais rápido e, como no meu caso, não se assusta... de
jeito nenhum!
Outro ponto positivo é o uso
da tia Katie como um trunfo, uma coadjuvante de peso, cujo histórico e ameaça a
plateia reconhece assim que a vê, causando tensão pela indução do que ela é
capaz de fazer... e faz...
Mais um ponto positivo, e
último, é o uso de dois meninos como objetos de desejo do culto bruxístico. O
Robbie (Brady Allen), apesar de parecer um robozinho, impressiona pela
seriedade e feições sinistras, já o Wyatt (Aiden Lovekamp) é um doce menino
sardentinho que vai mudando de comportamento no decorrer da história causando
arrepios.
Enfim, vale a pena conferir se:
* você gosta do gênero ‘câmera amadora’;
* é fã da franquia ou até mesmo quer tirar a péssima impressão que o terceiro filme causou;
* se arrepia com portas abertas, fechadas ou nesse processo;
* se diverte com a reação de um cinema lotado;
* ou morre de medo de uma criança endiabrada! Rsrsrss
Uma dica: fiquem até o fim
da sessão. Existe uma cena pós-créditos.
Eu fui, gostei de tudo um
pouco. É cinema, é truque, delicioso e vazio, como poucos conseguem ver.
Fontes:
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