terça-feira, 23 de outubro de 2012

Paranormal Activity 4


Depois de uma maratona com os amigos dos três primeiros Atividade Paranormal no sábado a noite (20/10), eu estava preparada para encarar o quarto filme da franquia esperando, no mínimo, alguns sustos de arrepiar.  

Sinopse

A produção recorre ao final do segundo filme, onde Katie aparece sequestrando o pequeno Hunter e matando seus pais. 5 anos depois, Katie e Hunter, que agora se chama Robbie moram numa rua tranquila e de casas grandes. Mas ela não é o personagem principal desse filme onde se acompanha via imagens amadoras a adolescente Alex (Kathryn Newton) e seu irmão Wyatt (Aiden Lovekamp) que moram com seus pais Tara e Jackson. Ainda tem também seu amigo Bem (Matt Shively). Eles acolhem o pequeno Robbie após sua suposta mãe ter problemas de saúde e precisar ser internada por alguns dias. O menino de atitudes estranhas modifica a rotina da casa e desencadeia uma variedade de fenômenos bizarros como rangidos, passos, sombras, aparições, portas... portas... portas.... é, nada muito diferente do que já se viu até agora.

Geral

Atividade Paranormal 4 é um filme dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost, os diretores de Atividade Paranormal 3, e escrito por Zack Estrin. Temos aí o quarto filme de uma franquia bem sucedida que ralou muito para ter a fama que carrega.

O primeiro filme, uma produção independente, escrita e dirigida por Oren Peli foi lançado em 2007, mas só conseguiu apoio e lançamento mundial quando Steven Spielberg assistiu, adorou e bancou pela Dreamworks em 2009. Um filme que traz a mesma estética do found footage (imagens documentais amadoras falsas, encontradas posteriormente interminadas de forma trágica) lembra o grande “A Bruxa de Blair” e sua forma eficiente de causar medo. De forma criativa, Atividade Paranormal era uma fonte pura de diversão fazendo o uso do suspense contínuo onde pouco era mostrado e tudo induzido. Foi um sucesso também nas bilheterias arrecadando quase 200 milhões de dólares em todo o mundo contrastando com o orçamento baixíssimo de apenas 15 mil dólares. Mas aí começa a maldição do filme. Sabe-se que o DVD do primeiro traz um fim alternativo onde Katie sobe as escadas com a faca que ela usou ao matar Mikah, entra no quarto, fecha a porta, se aproxima da câmera, dá aquele sorriso super sinistro e corta a garganta!  PERFEITO! Mas a mina de ouro não podia ser fechada assim! Então se resolve fazer continuações do que não necessitava de continuação.

Temos uma segunda produção, onde o foco é a família da irmã de Katie. Dirigido por Tod Williams e escrito por Michael R. Perry vemos o começo do declínio. A produção traz alguns sustos novos, usa uma criança indefesa como objeto principal de desejo do ‘espírito’ atormentador e portas... portas... portas....




A terceira produção, não merece nem comentários...

E agora, temos o quarto exemplar, dirigido pelos mesmos caras do terceiro... Bom... O filme se rende à tecnologia de webcams e IPhones e adolescentes viciados em vídeochats para serem os olhos que nos conduzem a todos os cômodos da casa. Com o desenrolar da história o suspense é incontestavelmente crescente com os jogos de luzes e sombras, o ambiente feito para assustar com muita informação visual e objetos dúbios estrategicamente posicionados.

O mestre do suspense, Alfred Hitchcock dizia que “não há nada mais assustador que uma porta fechada” e não há dúvidas disso quando flagramos nosso imaginário passeando pelo que se vê na tela e fazendo com o que não se vê seja mais assustador ainda.

Impressão

Atividade Paranormal 4 não é o pior mas fica longe do choque causado pelo primeiro. Traz pouquíssimas inovações, adolescentes pra lá de chatos (Alex e Ben), diálogos desnecessários, explicações bestas, recursos batidos como o lustre que balança e a bola que rola da escada, tomadas longas, muito longas de muito suspense e NENHUM SUSTO, entre outros pontos negativos. 

Mas temos pontos positivos também como o uso do efeito das luzinhas verdes e as imagens cinéticas da sala de estar onde temos as cenas mais interessantes do filme; interessantes, não as melhores! Explico: por ser a inovação do filme, é justamente onde a plateia procura mais qualquer coisa diferente, acha mais rápido e, como no meu caso, não se assusta... de jeito nenhum!

Outro ponto positivo é o uso da tia Katie como um trunfo, uma coadjuvante de peso, cujo histórico e ameaça a plateia reconhece assim que a vê, causando tensão pela indução do que ela é capaz de fazer... e faz...



Mais um ponto positivo, e último, é o uso de dois meninos como objetos de desejo do culto bruxístico. O Robbie (Brady Allen), apesar de parecer um robozinho, impressiona pela seriedade e feições sinistras, já o Wyatt (Aiden Lovekamp) é um doce menino sardentinho que vai mudando de comportamento no decorrer da história causando arrepios.









Enfim, vale a pena conferir se:
* você gosta do gênero ‘câmera amadora’;
* é fã da franquia ou até mesmo quer tirar a péssima impressão que o terceiro filme causou;
* se arrepia com portas abertas, fechadas ou nesse processo;
* se diverte com a reação de um cinema lotado;
* ou morre de medo de uma criança endiabrada! Rsrsrss

Uma dica: fiquem até o fim da sessão. Existe uma cena pós-créditos.


Eu fui, gostei de tudo um pouco. É cinema, é truque, delicioso e vazio, como poucos conseguem ver.



Fontes:

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