domingo, 28 de outubro de 2012

Até Que a Sorte Nos Separe



Confesso que fui ao cinema meio cabreira com relação a esse filme. Não por ter lido alguma crítica, mesmo porque não li, e sim por ser filme brasileiro, daqueles em que não se espera muita coisa. Mas a indicação de Greyci foi tão animada que resolvi arriscar.

Depois de ter assistido, aí sim, fui pesquisar algumas críticas pra poder escrever um teaser no blog. Fiquei realmente muito surpresa ao ver que todas as críticas que abri, e foram muitas, eram negativas, como se nós, brasileiros, tivéssemos até uma moralzinha para exigir coisas grandiosas do cinema nacional. Olha... me economizem viu...

Não tiro o mérito das produções nacionais, mas também não exijo o topo, porque, enfim, faz muito tempo que me emocionei ou me surpreendi com uma produção nacional e sei que a comparação é no mínimo injusta com o cinema estrangeiro.

Sinopse

Livremente inspirado no Best seller “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” de Gustavo Cerbasi, a produção conta a história de Tino (Leandro Hassum), um pai de família, personal trainer, que tem sua rotina transformada ao ganhar na loteria. Em 10 anos ele gasta todo seu dinheiro com uma vida de ostentação e desperdício ao lado da esposa Jane (Danielle Vinitts) e seus 2 filhos. Ao descobrir que está falido, Tino, contrariado, se vê obrigado a receber ajuda de um consultor financeiro, Amaury (Kiko Mascarenhas), seu vizinho, o qual sempre foi alvo de suas brincadeiras. Amaury, por sua vez, é um cara chatíssimo, que planeja tudo nos mínimos detalhes em tabelas que beira o TOC e enfrenta problemas em seu casamento. Quando Jane engravida do terceiro filho, Tino faz de tudo pra esconder que está na miséria e conta com a ajuda de seus filhos por recomendação médica de que Jane não poderia, em hipótese alguma, sofrer algum transtorno. Nessa misturada toda aí ele ainda conta com a ajuda de 2 amigos de peso (cômico). É uma comédia de erros e situações hilárias.

Geral

Até Que a Sorte Nos Separe é um filme sintomático. Mais do que ilustrar o modo Globo Filmes de produção, ele representa um certo tipo de humor burlesco e televisivo, frequentemente associado às crianças, mas casa vez mais vendido ao público adulto. Este tipo de humor encontra a representação perfeita na imagem de Leandro Hassum. Apesar de ser um ator caricaturesco, seus exageros não são problema no filme, logicamente não agrada a todos, mas não comprometem o geral. Já a competente Vinitts dá um show de interpretação em suas tomadas, seu timing cômico é perfeito conseguindo arrancar risos sinceros pelas situações, a cena em que ela chega da cirurgia plástica é ÓTIMA!!!

O problema está atrás das câmeras. O diretor Roberto Santucci, operário-padrão do cinema popular, mostra uma preocupação ínfima com a qualidade de seu produto, deixando os redatores compor estéticas que não se completam, e liberando os atores a performances que poderiam ser limitadas e ‘editadas’. Existem algumas tomadas completamente sem graça como a dança do Hassum na academia que beira o mau gosto.

A produção é até bem feitinha, com cenários bonitos, trilha bem pensada, edição e fotografia bem montados, que lembra (de longe, bem de longe) as comédias norte americanas. Pena ver o lado negativo diminuir o que seria uma comédia de grande potencial para o cinema nacional.

Impressão

Nada de decepção. Nada de exclamação. Apenas o esperado para mais uma produção nacional que levou atores escancaradamente televisivos para o cinema. Tem até uma surpresa muito divertida que é o personagem do Ailton Graça que é um luxo, L U X O! kkk ...

Uma produção que cumpre seu papel, a plateia vai às lágrimas de tanto rir. Tem até fundo moral!!!! Dinheiro não traz felicidade... Batido né? Lógico! Se o cinema estrangeiro não está mais conseguindo se reinventar, o nosso conseguiria alguma profundidade numa produção cômica brasileira? Não temos o requinte dos italianos e argentinos. Não entendo as críticas quilométricas e até recomendo o filme para pessoas que vão em busca de diversão e não filosofia em um filme NACIONAL, CÔMICO e da Globo Produções!



Fontes:

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Tati Bernardi


Nossa!!!! Tão... EU!!! O.O


"Escrevo isso e choro.
Porque quero tanto e não quero tanto.
Porque se acabar morro.
Porque se não acabar morro.
Porque sempre levo um susto quando te vejo e me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver.
Porque você me entedia e daí eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade.
E descubro que não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. 
E ainda assim, é a única sombra e água fresca que existe. 
Mas e se no primeiro passo eu me quebrar inteira?
E se eu forçar e acabar pra sempre sem conseguir andar de novo?
Eu tenho medo que você seja um caminhão de luz que me esmague e me cegue na frente de todo mundo.
Eu tenho medo de ser um saquinho frágil de bolinhas de gude e de você me abrir. E minhas bolhinhas correrem cada uma para um canto do mundo. E entrarem pelas valetas do universo. 
E eu nunca mais conseguir me juntar do jeito que sou agora.
Eu tenho medo de você abrir o espartilho superficial que aperto todos os dias para me manter ereta, firme e irônica. Minha angústia particular que me faz parecer segura. 
Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações.
Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se desprenderem, do meu estômago sair pelos olhos.
Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica.
Eu tenho muito medo de deixar de ser."

Tati B.






terça-feira, 23 de outubro de 2012

Paranormal Activity 4


Depois de uma maratona com os amigos dos três primeiros Atividade Paranormal no sábado a noite (20/10), eu estava preparada para encarar o quarto filme da franquia esperando, no mínimo, alguns sustos de arrepiar.  

Sinopse

A produção recorre ao final do segundo filme, onde Katie aparece sequestrando o pequeno Hunter e matando seus pais. 5 anos depois, Katie e Hunter, que agora se chama Robbie moram numa rua tranquila e de casas grandes. Mas ela não é o personagem principal desse filme onde se acompanha via imagens amadoras a adolescente Alex (Kathryn Newton) e seu irmão Wyatt (Aiden Lovekamp) que moram com seus pais Tara e Jackson. Ainda tem também seu amigo Bem (Matt Shively). Eles acolhem o pequeno Robbie após sua suposta mãe ter problemas de saúde e precisar ser internada por alguns dias. O menino de atitudes estranhas modifica a rotina da casa e desencadeia uma variedade de fenômenos bizarros como rangidos, passos, sombras, aparições, portas... portas... portas.... é, nada muito diferente do que já se viu até agora.

Geral

Atividade Paranormal 4 é um filme dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost, os diretores de Atividade Paranormal 3, e escrito por Zack Estrin. Temos aí o quarto filme de uma franquia bem sucedida que ralou muito para ter a fama que carrega.

O primeiro filme, uma produção independente, escrita e dirigida por Oren Peli foi lançado em 2007, mas só conseguiu apoio e lançamento mundial quando Steven Spielberg assistiu, adorou e bancou pela Dreamworks em 2009. Um filme que traz a mesma estética do found footage (imagens documentais amadoras falsas, encontradas posteriormente interminadas de forma trágica) lembra o grande “A Bruxa de Blair” e sua forma eficiente de causar medo. De forma criativa, Atividade Paranormal era uma fonte pura de diversão fazendo o uso do suspense contínuo onde pouco era mostrado e tudo induzido. Foi um sucesso também nas bilheterias arrecadando quase 200 milhões de dólares em todo o mundo contrastando com o orçamento baixíssimo de apenas 15 mil dólares. Mas aí começa a maldição do filme. Sabe-se que o DVD do primeiro traz um fim alternativo onde Katie sobe as escadas com a faca que ela usou ao matar Mikah, entra no quarto, fecha a porta, se aproxima da câmera, dá aquele sorriso super sinistro e corta a garganta!  PERFEITO! Mas a mina de ouro não podia ser fechada assim! Então se resolve fazer continuações do que não necessitava de continuação.

Temos uma segunda produção, onde o foco é a família da irmã de Katie. Dirigido por Tod Williams e escrito por Michael R. Perry vemos o começo do declínio. A produção traz alguns sustos novos, usa uma criança indefesa como objeto principal de desejo do ‘espírito’ atormentador e portas... portas... portas....




A terceira produção, não merece nem comentários...

E agora, temos o quarto exemplar, dirigido pelos mesmos caras do terceiro... Bom... O filme se rende à tecnologia de webcams e IPhones e adolescentes viciados em vídeochats para serem os olhos que nos conduzem a todos os cômodos da casa. Com o desenrolar da história o suspense é incontestavelmente crescente com os jogos de luzes e sombras, o ambiente feito para assustar com muita informação visual e objetos dúbios estrategicamente posicionados.

O mestre do suspense, Alfred Hitchcock dizia que “não há nada mais assustador que uma porta fechada” e não há dúvidas disso quando flagramos nosso imaginário passeando pelo que se vê na tela e fazendo com o que não se vê seja mais assustador ainda.

Impressão

Atividade Paranormal 4 não é o pior mas fica longe do choque causado pelo primeiro. Traz pouquíssimas inovações, adolescentes pra lá de chatos (Alex e Ben), diálogos desnecessários, explicações bestas, recursos batidos como o lustre que balança e a bola que rola da escada, tomadas longas, muito longas de muito suspense e NENHUM SUSTO, entre outros pontos negativos. 

Mas temos pontos positivos também como o uso do efeito das luzinhas verdes e as imagens cinéticas da sala de estar onde temos as cenas mais interessantes do filme; interessantes, não as melhores! Explico: por ser a inovação do filme, é justamente onde a plateia procura mais qualquer coisa diferente, acha mais rápido e, como no meu caso, não se assusta... de jeito nenhum!

Outro ponto positivo é o uso da tia Katie como um trunfo, uma coadjuvante de peso, cujo histórico e ameaça a plateia reconhece assim que a vê, causando tensão pela indução do que ela é capaz de fazer... e faz...



Mais um ponto positivo, e último, é o uso de dois meninos como objetos de desejo do culto bruxístico. O Robbie (Brady Allen), apesar de parecer um robozinho, impressiona pela seriedade e feições sinistras, já o Wyatt (Aiden Lovekamp) é um doce menino sardentinho que vai mudando de comportamento no decorrer da história causando arrepios.









Enfim, vale a pena conferir se:
* você gosta do gênero ‘câmera amadora’;
* é fã da franquia ou até mesmo quer tirar a péssima impressão que o terceiro filme causou;
* se arrepia com portas abertas, fechadas ou nesse processo;
* se diverte com a reação de um cinema lotado;
* ou morre de medo de uma criança endiabrada! Rsrsrss

Uma dica: fiquem até o fim da sessão. Existe uma cena pós-créditos.


Eu fui, gostei de tudo um pouco. É cinema, é truque, delicioso e vazio, como poucos conseguem ver.



Fontes:

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sinister


O feriadão fechou com chave de ouro! Depois de um passeio superlegal pelo Rio São Francisco a bordo da Barca Nilo Brasileiro e na companhia dos professores e funcionários da UNIESB, fui ver o filme A Entidade no cinema com pessoas muito especiais, rendeu muitos sustos e risadas. Comecemos pelo resumo.

Sinopse

Na produção, Ethan Hawke (Dia de Treinamento) interpreta Ellison, um escritor de livros policiais baseados em crimes reais que enfrenta uma crise. Em busca de inspiração, ele resolve ir morar em uma casa onde foram encontradas quatro pessoas de uma mesma família enforcadas no quintal. Escondendo da própria família esse detalhe sinistro, ele encontra no sótão uma caixa cheia de rolos de Super 8 e um projetor. Esses filmes trazem detalhes dos assassinatos de cinco famílias de formas bizarras e de diferentes épocas. Ao perceber que existem símbolos misteriosos nas cenas dos crimes ele decide investigar a fundo e descobre um universo oculto e sombrio, e, ao mesmo tempo, enfrenta estranhas situações envolvendo seus filhos.

Geral

Apesar de parecer clichê pelo roteiro já bastante explorado por outros filmes, o filme traz em sua produção um cenário sombrio, movimentos e barulhos súbitos, ocultismo, mistério, uma casa escura, uma trilha sonora arrepiante e criancinhas, entre elas um menino estranho e uma ruivinha, daquelas que causam medo só pelo olhar e aparência. Esses ingredientes despertam a atenção da plateia que vai se envolvendo psicologicamente a cada susto levado. Os produtores desse filme sabem o que estão fazendo, conseguem manipular tudo e todos, mesmo com a previsibilidade dos acontecimentos, e não frustram os espectadores que saem realmente muito assustados.

O diretor Scott Derrickson, o mesmo de Atividade Paranormal e O Exorcismo de Emily Rose, usou uma variedade de ângulos diferentes em momentos cruciais para expressar o medo e o choque das vítimas, assim como a utilização do som para descrever o que dói feito de uma maneira horrível e assustadora. Derrickson propicia um clima aterrorizante com imagens eficazes usando ângulos de câmeras obscuros e imagens bizarras atordoantes causando vários sustos arrepiantes. As imagens dos vídeos caseiros foram muito bem produzidas, dando a sensação de realidade e alta tensão.

Para quem gosta de filmes de terror, assistir A Entidade no cinema é uma boa pedida, já que tudo é potencializado na sala escura com o sistema de som envolvente e ensurdecedor. Não esperar que o enredo seja original e diferente já faz parte das expectativas dos viciados nesse gênero, já que muitos filmes lançados ultimamente não passam de incrementações de receitas tradicionais, mas que, de certa forma, funcionam! Mesmo assim ele é melhor do que a maioria dos pseudo-suspenses que têm sido feitos e cumpre seu papel.

Impressão

Claro que, no mundo dos seres humanos normais, 99% jamais iriam pensar ou agir como o protagonista, mas na ficção se aceita de tudo, inclusive uma coragem descomunal a ponto de investigações absurdas e visitas a um sótão medonho! Com isso o público dá de cara com a tensão desejada. O filme apenas joga com a plateia de forma segura e dá certo porque, apesar do roteiro batido, dos longos diálogos (chatos) entre Ellison e sua esposa onde discutem a relação e do final clichê, os sustos previsíveis assustam! É aquele tipo de filme onde se espera o susto e mesmo assim se pula da cadeira quando ele acontece! 

Ponto para a conexão filme-realidade dentro do filme, onde uma das cenas envolve a tela do notebook e a tal entidade, bem sinistra. Outro ponto alto que chama a atenção são as crianças na cena mais perturbadora para o protagonista; tanto seus filhos como as outras crianças são peças importantes nesse quebra-cabeça assustador. Algumas cenas toscas podem até incomodar os mais maníacos pelo gênero, mas o que importa é que o suspense é garantido e os bons sustos também.

Genial?? Não, na minha humilde opinião. É um filme legal, onde se imagina o que vai acontecer no final (e acontece), mas mesmo assim a plateia fica atenta e tensa o tempo todo. No máximo sinistro e assustadoramente certinho que consegue levar o medo para as pessoas, cumprindo seu objetivo.


Fontes:

domingo, 14 de outubro de 2012

Beauty And The Beast


Acabei de ver o episódio piloto dessa série da WC que foi lançada no último dia 11. Difícil não demonstrar interesse numa nova série que leva o rosto da Kristin Kreuk, a Lana Lang de Smallville, nos cartazes de divulgação. 



Sinopse


Como personagem principal, Kristin Kreuk interpreta Cat (Catherine Chandler), uma investigadora no departamento de homicídios da polícia de NY que, após nove anos, conhece a criatura (Jay Ryan - Terra Nova) que a salvou de um ataque onde sua mãe foi assassinada. A criatura, por sua vez, é Vincent Koslow, um médico amargurado, vítima de experiências de laboratório enquanto servia ao exercito americano no Afeganistão. Após esse encontro eles iniciam um relacionamento que se desenvolve no transcorrer da série. Esse é o ponto de partida. 


Geral


Como grande aposta da CW, The Beauty And The Beast é exibida logo após The Vampire Diaries - a produção de maior prestígio e audiência da emissora, tem como objetivo manter os fãs da série vampiresca ligados no que vem a seguir, já que a série The Secret Circle infelizmente não conseguiu. É a reinvenção do clássico conto de fadas com uma trama policial que já foi produzida em 1987, protagonizada por Linda Hamilton (Exterminado do Futuro) e Ron Perlman (Conan o bárbaro).


Impressão


Sem muito rodeio, confesso que esperava mais do episódio piloto. A semana foi de grandes estreias com pilotos eletrizantes das novatas Arrow (fantástica) e 666 Park Avenue, então a expectativa dobrou mas, depois da introdução, onde a fera salva a bela e temos um salto para os dias presentes, tudo fica meio paradão com uma narração em off lembrando a Bela (coincidência não??) da Saga Crepúsculo que me fez dar uma paradinha para olhar meu face, meu twitter e procurar um copo com água. A Kreuk definitivamente não carrega mais aquela carinha de menina ingênua e chatinha da Lana Lang e interpreta a linda detetive Cat com autoridade. O Ryan, que fez uma participação na pequena e cancelada (mas muito boa) série Terra Nova interpreta a Fera mais estilosa e fashion que eu já vi! Seu cabelo chama a atenção logo de cara! rsrs São lindos, charmosos e bons atores, mas faltou um pouquinho de química, detalhe que espero não 'sentir' no próximo episódio porque, como diz minha amiga Paula Charlise, se uma série não me convence nos dois primeiros episódios, fica difícil criar um vínculo 'vicioso'. 



fontes:
http://www.beautyandthebeastbrasil.com/
http://www.baixartv.com/download/beauty-and-the-beast-2012/

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Amanhã Colorido

Lembranças do meu tempo de UPE, quando os meninos ficavam nos corredores com o violão cantando e cantando.... Alguém me indicou essa música que eu achei fantástica....

O Amanhã Colorido

Pouca Vogal



Olha a luz que brilha de manhã
Saiba quanto tempo estive aqui
Esperando pra te ver sorrir
Pra poder seguir

Lembre que hoje vai ter pôr do Sol
Esqueça o que falei sobre sair
Corra muito além da escuridão
E corra, corra!

Não desista de quem desistiu
Do amor que move tudo aqui
Jogue bola, cante uma canção
Aperte a minha mão

Quebre o pé, descubra um ideal
Saiba que é preciso amar você
Não esqueça que estarei aqui
E corra, corra!

Azul, vermelho
Pelo espelho a vida vai passar
E o tempo está no pensamento

Olha a luz que brilha de manhã
Saiba quanto tempo estive aqui
Esperando pra te ver sorrir
Pra poder seguir

Lembre que hoje vai ter pôr do Sol
Esqueça o que falei sobre sair
Corra muito além da escuridão
E corra, corra!

Azul, vermelho
Pelo espelho a vida vai passar
E o tempo está no pensamento




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Plano de Fuga

Depois de muita propaganda e recomendações dadas por Thiago Rodrigo, resolvi ver Plano de Fuga (2011), filme produzido e estrelado por Mel Gibson. Amoral e politicamente incorreto, Plano de Fuga traz de volta Mel Gibson como protagonista de um filme de ação cheio de humor ácido dentro de uma trama divertida.

Sinopse

O longa se inicia com uma perseguição da polícia a dois bandidos fantasiados de palhaços, com o carro cheio de sacolas com dinheiro roubado, na fronteira com o México. Quando são presos e um deles é morto, o motorista (Mel Gibson) é levado para uma prisão chamada de El Pueblito. Fazendo o que sabe de melhor, roubar, ele consegue sua estabilidade dentro da prisão onde arquiteta um plano para sair de lá, recuperar o dinheiro e escapar dos mafiosos de quem roubou.

Geral

O papel cai como uma luva em Mel Gibson o eterno Martin Riggs (Máquina Mortífera). De personalidade marcante e comportamento duvidoso, Mel Gibson tenta resgatar sua credibilidade cinematográfica nessa produção independente, aproveitando bem cada momento para expor suas características tão conhecidas pelos fãs de seus filmes.


Arrisco-me a dizer que, sem ele, isso tudo jamais funcionaria. Gibson faz questão de assumir todos os trejeitos que o tornaram mundialmente famoso. Interpreta um cara durão, um bandido inteligente, cínico, com respostas sarcásticas na ponta da língua, carismático que interage com uma mãe e seu filho órfão dentro da prisão, mostrando assim seu lado paternal e a plateia logo sente empatia por ele.

De forma interessante, o filme é narrado em off, criando a sensação de que um amigo está contando uma história de seu passado, deixando tudo muito mais emocional ao longo da história.

Gibson ainda tem ao seu favor a agilidade e boa forma evidenciadas nas cenas em que corre, atira, luta e ainda se mostra sedutor sem perder a pose, como também sem esconder os seus 56 anos. As imagens onde seu rosto é focalizado mostram bem suas rugas e a despreocupação em apresentá-lo de forma glamourosa.






Os atores que vivem a família, Kevin Hernandez e Dolores Heredia fazem um trabalho muito bom, principalmente Hernandez que estabelece uma boa química com Gibson, onde deixa de ser apenas o menino bonitinho, sofrido que precisa da figura de um pai e se torna um personagem forte, com coragem inquestionável.


Mas nem todos esses ingredientes estão bem homogeneizados na trama, e o resultado é um filme irregular com altos e baixos, extremamente compreensível pela inexperiência do diretor, o argentino Adrian Gruberg. Adrian já foi assistente de direção de cineastas famosos, mas como diretor, este é seu primeiro trabalho. Ponto positivo para a fotografia do filme, onde Adrian retrata um visual sujo com cores quentes, combinados com o ambiente corrompido, uma prisão mais parecida com uma favela do Rio de Janeiro, onde bandidos e famílias moram juntos. Existem pontos de comércio de todos os tipos, armas, tráfico, crianças, tudo. El Pueblito me fez lembrar da prisão panamenha retratada em Prison Break na terceira temporada, um lugar inaceitável, comandado por um chefão onde todos deviam cumprir suas ordens e conquistar seu espaço.

No meu mundinho, nunca me passou pela cabeça a possibilidade da existência de uma prisão assim, e quando descobri que a inspiração veio dos presídios brasileiros, isso me chocou mais ainda. Mas depois de Plano de Fuga, a prisão de Prison Break me pareceu o paraíso!
Por fim, apesar de a trama demonstrar certa inteligência, o confronto final envolvendo um transplante no meio da retomada da prisão pelo governo mexicano é absurdamente indigerível, e fica impossível não reconhecer um final previsível. Nada que faça a plateia se arrepender de ter assistido o filme.
Impressão
Mel Gibson é um cara durão, um grande profissional do cinema eternizado por duas grandes produções inesquecíveis; Mad Max e Máquina Mortífera. Em Plano de Fuga ele prova mais uma vez que ainda é um ótimo ator de filmes de ação e mantém sua cara de louco e seu jeito cínico. É inegável o seu merecimento de estar entre os monstros consagrados dos filmes de ação das produções de Stallone, Os Mercenários. Foi a primeira coisa que me veio a mente ao fim do filme. Só resta aos fãs torcerem para que, apesar de seus problemas pessoais, ele seja reconhecido e somado ao elenco de Os Mercenários 3! \o/




Fontes:


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Meu Eu Que Tenho Saudade

Semana da Criança vem aí e estava lembrando como eu era quando criança...



Não era uma criança lá muito bonita, rsrsrs 
Baixinha, branca que nem um fantasma, gordinha, de óculos enormes no rosto, tinhas os dentes da frente bem separados... mas era muito feliz... 
Era feliz e não sabia.
Eu tinha alguns problemas comportamentais, nada que umas boas chineladas não controlassem...
Aprontei tanto e apanhei tanto! Mas agradeço a minha mãe todo dia por isso, se não fosse assim, não sei o que seria de mim hoje viu....
Lembro bem de várias peripécias do meu tempo de escola, das coisas que fazia na companhia de Marineide, amiga de ideias mirabolantes que sempre nos colocava em apuros.

Estudei alguns anos no Colégio Dom Bosco, um dos grandes colégios da cidade. Na época, a cantina vendia o refrigerante nas garrafinhas de 290ml, somente da marca Brahma que diferenciava seus produtos pela cor da mesma. Tinha a garrafa marrom para o guaraná, a verde para o limão brahma e a transparente para a sukita, enfim... Um belo dia, resolvi dar uma de artista: Vou fazer uma obra de arte abstrata!!! Passei metade do recreio recolhendo as garrafas de quem já havia terminado seu lanche dizendo que ia devolver na cantina e levava para o banheiro feminino. Apos recolher muitas e muitas garrafas, comecei a obra de arte. Quebrei uma por uma e todos os caquinhos eu coloquei dentro de uma das privadas até ficar aquele amontoado de vidros coloridos, confesso que achei lindo!!! kkkkk
Muita gente, até hoje, não sabe o autor da obra de arte abstrata do banheiro feminino no Colégio Dom Bosco em 1990.. Pois é...

Tempo bom...

Tempo em que criança brincava na rua, pulava corda, jogava pião e empinava pipa, jogava gude na areia, brincava de queimada e trisca....
Que tempo bom hein... 
Sem preocupações, sem responsabilidades, sem compromissos...
Esse tempo não volta mais, e só guardo recordações, boas recordações....


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Looper

Serei bem breve para compensar o filme loooongo.

Looper (2012) é um filme de ficção científica que explora o tema viagem no tempo de forma inteligente. No ano de 2042, um assassino de 25 anos chamado Joseph "Joe" (Joseph Gordon-Levitt) Simmons trabalha como "Looper" para uma companhia da máfia de Kansas City. Um looper mata pessoas enviadas do futuro e livra-se dos corpos. Os loopers são pagos em prata sob a condição que suas vítimas nunca devem escapar. Esse trabalho também tem um alto preço. Eles sabem que seu eu futuro será mandado para ser exterminado por eles próprios, seu pagamento será em ouro e eles são dispensados do serviço de Looper para curtirem os próximos 30 anos quando serão mandados ao passado para serem mortos, Quando Joe descobre que seu novo alvo é o seu eu do futuro, ele falha em sua missão e o deixa escapar. Seus empregadores começam a caçá-lo por não ter cumprido seu trabalho, forçando Joe a lutar por sua vida enquanto caça seu eu do futuro. O Joe do futuro (Bruce Willistraz uma informação valiosa de que quem manda os loopers ao passado para serem mortos é um cara de codinome fazedor de chuva o qual ele deseja eliminar.

O personagem Joe é bem construído. Mérito de Joseph Gordon que vai além da maquiagem super elaborada para fazer os atores se tornarem o mais próximo possível fisicamente. Gordon reproduz de forma primorosa vários trejeitos de Willis que, quando aparece em cena, acreditamos realmente nessa semelhança mostrada.


Em controvérsia, após a introdução o espectador vai criando a sensação de que o filme perde o ritmo, muda seu foco e a história que termina não se manteve fiel a que começa. Nada que a eliminação de uns 30 minutos de conversa fiada não resolva.

Mas pessoalmente, o mais surpreendente é a atuação do pequeno Pierce Gagnon que tem um papel fundamental na trama secundária. Ele rouba a cena de forma chocante deixando o espectador com vontade de vê-lo em uma futura produção. No meu caso, um terror, é claro.

Looper é um filme de ficção científica com uma estória de bom embasamento apesar dos furos de roteiro, cenas bem realizadas, uma tensão bem construída e muito assunto para discutir após a sessão. 
Eu só esperava um pouquinho mais de ação!





Fontes: