Confesso que fui ao cinema meio cabreira com relação a esse filme. Não por ter lido alguma crítica, mesmo porque não li, e sim por ser filme brasileiro, daqueles em que não se espera muita coisa. Mas a indicação de Greyci foi tão animada que resolvi arriscar.
Depois de ter assistido, aí sim, fui pesquisar algumas críticas pra poder escrever um teaser no blog. Fiquei realmente muito surpresa ao ver que todas as críticas que abri, e foram muitas, eram negativas, como se nós, brasileiros, tivéssemos até uma moralzinha para exigir coisas grandiosas do cinema nacional. Olha... me economizem viu...
Depois de ter assistido, aí sim, fui pesquisar algumas críticas pra poder escrever um teaser no blog. Fiquei realmente muito surpresa ao ver que todas as críticas que abri, e foram muitas, eram negativas, como se nós, brasileiros, tivéssemos até uma moralzinha para exigir coisas grandiosas do cinema nacional. Olha... me economizem viu...
Não tiro o mérito das produções nacionais, mas também não exijo o topo, porque, enfim, faz muito tempo que me emocionei ou me surpreendi com uma produção nacional e sei que a comparação é no mínimo injusta com o cinema estrangeiro.
Sinopse
Livremente inspirado no Best
seller “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” de Gustavo Cerbasi, a produção
conta a história de Tino (Leandro Hassum), um pai de família, personal trainer,
que tem sua rotina transformada ao ganhar na loteria. Em 10 anos ele gasta todo
seu dinheiro com uma vida de ostentação e desperdício ao lado da esposa Jane
(Danielle Vinitts) e seus 2 filhos. Ao descobrir que está falido, Tino,
contrariado, se vê obrigado a receber ajuda de um consultor financeiro, Amaury
(Kiko Mascarenhas), seu vizinho, o qual sempre foi alvo de suas brincadeiras.
Amaury, por sua vez, é um cara chatíssimo, que planeja tudo nos mínimos
detalhes em tabelas que beira o TOC e enfrenta problemas em seu casamento.
Quando Jane engravida do terceiro filho, Tino faz de tudo pra esconder que está
na miséria e conta com a ajuda de seus filhos por recomendação médica de que
Jane não poderia, em hipótese alguma, sofrer algum transtorno. Nessa misturada
toda aí ele ainda conta com a ajuda de 2 amigos de peso (cômico). É uma comédia
de erros e situações hilárias.
Geral
Até Que a Sorte Nos Separe é
um filme sintomático. Mais do que ilustrar o modo Globo Filmes de produção, ele
representa um certo tipo de humor burlesco e televisivo, frequentemente
associado às crianças, mas casa vez mais vendido ao público adulto. Este tipo
de humor encontra a representação perfeita na imagem de Leandro Hassum. Apesar
de ser um ator caricaturesco, seus exageros não são problema no filme, logicamente
não agrada a todos, mas não comprometem o geral. Já a competente Vinitts dá um
show de interpretação em suas tomadas, seu timing cômico é perfeito conseguindo
arrancar risos sinceros pelas situações, a cena em que ela chega da cirurgia
plástica é ÓTIMA!!!
O problema está atrás
das câmeras. O diretor Roberto Santucci, operário-padrão do cinema popular,
mostra uma preocupação ínfima com a qualidade de seu produto, deixando os
redatores compor estéticas que não se completam, e liberando os atores a
performances que poderiam ser limitadas e ‘editadas’. Existem algumas tomadas
completamente sem graça como a dança do Hassum na academia que beira o mau
gosto.
A produção é até bem
feitinha, com cenários bonitos, trilha bem pensada, edição e fotografia bem
montados, que lembra (de longe, bem de longe) as comédias norte americanas. Pena
ver o lado negativo diminuir o que seria uma comédia de grande potencial para o
cinema nacional.
Impressão
Nada de decepção.
Nada de exclamação. Apenas o esperado para mais uma produção nacional que levou
atores escancaradamente televisivos para o cinema. Tem até uma surpresa muito
divertida que é o personagem do Ailton Graça que é um luxo, L U X O! kkk ...
Uma produção que
cumpre seu papel, a plateia vai às lágrimas de tanto rir. Tem até fundo
moral!!!! Dinheiro não traz felicidade... Batido né? Lógico! Se o cinema
estrangeiro não está mais conseguindo se reinventar, o nosso conseguiria alguma
profundidade numa produção cômica brasileira? Não temos o requinte dos italianos e argentinos. Não entendo as críticas quilométricas e até
recomendo o filme para pessoas que vão em busca de diversão e não filosofia em
um filme NACIONAL, CÔMICO e da Globo Produções!
Fontes: