sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Jack Reacher - O Último Tiro e O Último Desafio


Duas produções de ação lançadas a pouco tempo. O primeiro traz Tom Cruise e um personagem de livros policiais, o outro traz de volta o Arnold Schwarzenegger às telonas. 
Pura diversão!

Sinopse

Jack Reacher – O Último Tiro
Dirigido por Christopher McQuarrie
Com: Tom Cruise, Rosamund Pike, Richard Jenkins, David Oyelowo, Joseph Sikora, Alexia Fast, Jai Courtney, Robert Duvall e Werner Herzog.

Baseado no 9º livro de uma série de volumes do escritor Lee Child, a produção apresenta um ex-militar, o major Jack Reacher (Cruise) para desvendar um caso inusitado, um atentado com 5 assassinatos numa praça em plena luz do dia. O possível assassino menciona Reacher antes de entrar em coma após uma surra na prisão. A advogada de defesa percebe que há algo de errado nisso tudo e com a chegada e ajuda do ex-militar, começam uma busca pelos reais motivos dos crimes. Revela-se aqui, então, uma trama bastante interessante, com clima investigativo, envolvendo algo muito maior do que eles imaginavam.

O Último Desafio
Dirigido por Jee-Woon Kim.
Com: Arnold Schwarzenegger, Rodrigo Santoro, Forest Whitaker, Jaimie Alexander, Johnny Knoxville, Peter Stormare, Luiz Guzman, Chris Brownling e Eduardo Noriega.

Mostra o xerife Ray Owens (Schwaz), um sujeito durão, ex-policial em L.A. que agora cuida de uma cidadezinha pacata próxima à fronteira entre EUA e México. Determinado dia, o xerife dá de cara com uma tentativa de fuga e travessia de fronteira do criminoso Gabriel Cortez (Noriega) caçado pelo FBI.

Geral

Jack Reacher – O Último Tiro

A produção já oferece um início muito eficiente, uma cena em que o atirador se organiza para por em prática seu ato terrorista de assassinar 5 pessoas. De cara, se percebe que é uma armação inteligente, quase perfeita, provavelmente impossível de ser questionada. Neste ponto, é apresentado o ex-militar major Jack (Cruise) e a plateia logo é fisgada. 

Um cara misterioso com um certo talento de questionar o óbvio e meios não tradicionais de procurar a verdade. Convocado pelo suposto assassino, ele vem em busca da verdade e acaba trabalhando com sua advogada de defesa. É bem verdade que o filme traz vários clichês, mas também prova que, quando utilizado de forma correta, o clichê até que funciona.

O longa conta com um elenco muito legal como Richard Jenkins e o veterano Robert Durvall com um personagem de alívio cômico, além de trazer também o cineasta alemão Werner Herzog que interpreta o vilão Zec.


O Último Desafio

Em seu retorno às telonas como protagonista depois de deixar a política, Schwarzenegger encabeça uma produção um tanto batida e bem clichê. É aquele cara durão que já foi policial em uma cidade grande e, depois de ver e participar de tanta coisa feia resolve terminar seus dias cuidando de uma cidade pequena de fronteira. O longa demora a prender a atenção da plateia e se desenrola melhor depois da fuga do criminoso Gabriel Cortez (Noriega) que seria transferido para o corredor da morte pelo FBI.

O diretor Jee-Won é um chinês que, dentro dos absurdos do gênero e limitações é até competente em criar humor, fazendo o Schwarz rir de si mesmo e sua idade (lembrando a cena célebre de Os Mercenários II) entre tantos tiros, explosões, sangue e porradas.  É eficiente a sua sórdida maneira.

Para o público brasileiro, o filme vem com um fator de interesse a mais, o ator Rodrigo Santoro que tem um bom papel de destaque. Barbudo, duvidável, com interesse romântico e participando do quebra-pau decisivo.


Ainda tem outras personalidades famosas como Johnny Knoxville (Jackass), o mexicano Luiz Guzman (Pequenos Espiões), Jaimie Alexander (Thor) e Forest Whitaker (O Último Imperador da Escócia)

Impressão

Agora é que são elas...

Posso dizer que fui, vi e gostei dos dois de certa maneira. Mais do primeiro do que do segundo, claro. São produções bem clichês, mas, me arrisco a dizer que, o primeiro até funcionaria sem o Cruise e o segundo não teria a mínima chance sem o Schwarz.

Lógico que Cruise carrega aquela caricatura de Ethan Hunt (personagem dele em ‘Missão Impossível’) e segura as pontas contornando com maestria as falhas do filme, deixando assim a trama mais legal de ser acompanhada. 



Já o nosso eterno Exterminador do Futuro, é a maior razão da procura pelo filme que cumpre o seu papel de divertir, apesar da violência desvairada, mas não tem profundidade e até mesmo choca alguns que convivem com notícias de tiroteios e assassinatos violentos.


Como disse o Rubens Ewald Filho: ‘A gente fica até encabulado em afirmar que num certo sentido esta orgia de violência é um filme eficiente dentro de sua proposta’, Mas é isso mesmo.

Para quem gosta de ação, violência e muito tiro, as produções garantem pura diversão!!!




Fontes:


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

As Aventuras de Pi



Um insignificante post sobre o que vi no cinema em As Aventuras de Pi. Pensei, pensei e não consegui atingir a tamanha grandeza, então deixo apenas o mais simples, e você, depois de assisti-lo, tire suas conclusões.

Sinopse

As Aventuras de Pi (Life of Pi). 127 min, 2012.
Diretor: Ang Lee
Roteiro: David Magee (baseado em livro de Yan Martel)
Com: Suraj Sharma, Irrfan Kahn, Ayush Tandon, Adil Hussain, Tabu, Rafe Spall, Gérard Depardieu, James Saito, Andrea Di Stefano.
Produção baseada no livro The Life of Pi de Yann Martel, conta a saga de Piscine Patel (Pi) em detalhes minuciosos. Pi (Irrfan Kahn) é procurado por um jornalista (Rafe Spall) ao qual descreve sua aventura à deriva por 227 dias acompanhado por um tigre de bengala adulto chamado Richard Parker.

Geral

Indicado a 11 Oscars ( Filme, Diretor, Roteiro Adaptado, Edição de Som, Direção de Arte, Fotografia, Efeitos Visuais, Montagem, Trilha Sonora Original, Canção Original e Som) este é um filme inusitado, uma trama complexa e sujeita a discussões por ter um forte teor metafórico e religioso.

Depois de uma introdução longa, mas necessária onde o filme explora a vontade de Pi (Ayush Tandon) ainda criança de entender as várias religiões, os porquês da vida e a fé naquilo que não se pode ver, mas que de alguma forme está presente; vemos o naufrágio do navio onde o jovem Pi (Suraj Sharma) estava com sua família e vários animais do zoo de seu pai. Ele se vê sozinho em um vasto oceano na companhia de um tigre dentro de um bote salva-vidas e se apega a sua fé em Deus para sobreviver.
  
Parece impossível, mas Pi luta durante dias a fio para arranjar um jeito de conviver com o tigre depois de desperdiçar algumas oportunidades de se livrar do animal selvagem. Isso nada mais é do que uma demonstração do medo de ficar sozinho e perder sua única companhia. O tigre Richard Parker atua exoticamente como a cura para a solidão do homem, um homem que luta contra a natureza através do poder da fé. ‘Mais perigoso do que ser devorado por Richard Parker é ser largado naquele vasto oceano, sozinho consigo mesmo. ’ (rubens-ewald-filho/2012/12/21)


As Aventuras de Pi custou uma bagatela de US$120 milhões (encarecidos pelo uso do 3D) e beira os US$ 400 milhões de faturamento mundial. Já se tornou a maior bilheteria na carreira do diretor Ang Lee. A previsão é de que chegue à barreira dos US$ 500 milhões antes do Oscar. Por aqui o filme chegou a 1.2 milhões de espectadores em 15 dias.


Preciso dizer que Ang Lee é O CARA! E o indiano Suraj Sharma (19 anos) que, segundo o Wikipédia ‘fez sua estreia com o papel-título no filme de 2012 Vida de Pi’, é o ator-não-ator mais brilhante que já vi em qualquer estreia. Atuando em um filme praticamente digital ele deu um show! Merecia ao menos, a indicação de melhor ator.


Impressão

Sem muito o que dizer, As Aventuras de Pi é simplesmente lindo, reflexivo, arrepiante, inusitado, metafórico, emocionante. Uma fábula filosófica surpreendentemente cristã.

RECOMENDADÍSSIMO!!!

E que venham os Oscars!



Fontes:

http://www.cineplayers.com/critica.php?id=2565
http://www.100video.com.br/portal/Noticias.aspx?NoticiaID=13291